Saravá a todos, Informamos  que em breve estaremos em outro endereço eletronico, estamos em fase de preparação de um novo site e blogg.

Agradecemos a atençao de todos que teêm colaborado com nosso humilde trabalho dentro da Umbanda.

 

Agradeço aos nossos N'Ikices Orixás e voduns, pela força derramada em nossa aldeia Mapory.

 

Minhas orações.

 

Pai Kaobi Xapanã Burukú.


Cacique Pena Vermelha Krayumará

Um dia a gente aprende que...

 Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!" 
                                                                              William Sheakespeare


Amassi Barca 3 Oxossi - Silêncio entrega  e Orô!

Linda barca parabéns pela jornada que se inicia em nosso Oceano da Umbanda.


Meu amado e respeitado  Pai Dessimi d'Obá D'Odé..

 

Axé Axelém por todo o sempre..minhas orações serão sempre as suas!

 

Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros." (Clarice Lispector)
 

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
(Clarice Lispector)


 

Pai Kaobi Xapanã Burukú D'Nanã


 


O que move o mundo são as diferenças!

 

A beleza do mundo está nas diferenças!
O preconceito é irracional, como o homem sempre acaba sendo, apesar de se vangloriar de sua aparente racionalidade.
Ninguém gosta de viver cercado da mesma paisagem, decorado pelo mesmo quadro ou entre as mesmas paredes brancas, porque mudar é importante. A mudança é a alma da inteligência, e quem não entende bem isso, desaparece. Infelizmente o ser humano às vezes demora muito para perceber o que é essencial, por que já disse Saint-Exupéry - "O essencial é invisível aos olhos". Vamos trabalhar para que os nossos irmãos intolerantes aprendam a ver o essencial.
Anormal é ser sempre igual.

 

Onde está o seu preconceito? Num gesto intolerante, de fúria e agressão, tipo “ataque neonazista”? Ou numa ação velada, na piada intransigente contada entre os conhecidos, em meio a um ambiente amistoso, como se fosse um gesto ocasional e sem conseqüências? Ou, ainda, está guardado num fio do subconsciente, disfarçado de uma falsa “aceitação” às minorias? Onde ele estiver, qualquer que seja a medida do seu preconceito, livre-se dele.

Com causas históricas e culturais, o preconceito nunca se extingue. Em algumas situações pode ate se atenuar, como no caso do racismo, do machismo e da homofobia, hoje considerados retrógrados, inaceitáveis em muitos ambientes. Mas, enraizado, o preconceito se desdobra, ganhando novas formas, de acordo com os valores vigentes na sociedade. Na era do consumo e das vaidades, se insurge contra os pobres e contra aqueles que não se enquadram em padrões estéticos cada dia mais estreitos... E por ai prossegue, formando um rosário de intolerância e rejeição.

Vivemos nos renegando, virando as costas uns para os outros. São sulistas contra nordestinos, moralistas contra libertários, direitistas contra esquerdistas. Subjugamos o próximo mais por uma necessidade de auto-afirmação que, propriamente, por uma atitude de desprezo. É o branco que, ao julgar o negro inferior, se coloca um patamar acima, se sentindo mais confortável diante do infortúnio alheio. É o homem que, ao oprimir a mulher, conquistava mais espaços nos ambientes sociais e trabalhistas.

Mas bem que poderia ser o contrário, a começar pelas próprias minorias. O negro, que conhece a dor do racismo, acolhendo o pobre. O pobre, por sua vez, acolhendo o negro e a mulher. A mulher acolhendo o negro, o pobre e o homossexual... Daí por diante, de modo que o branco, o rico e o macho heterossexual reconhecessem essa harmonia, se integrando a ela, mesmo que por uma imposição cultural, de enquadramento numa nova ordem das relações sociais.

E quando falo em “acolher”, me refiro a algo muito superior à aceitação. Pois, quando nos propomos a aceitar o outro, também nos colocamos um degrau acima, mas ser estender a mão, para que ele alcance o mesmo nível. É, também, uma necessidade de auto-afirmação. Nos sentimos altruístas e, ante as demais pessoas, nos julgamos mais à frente e abertos as diferenças. Contudo, trata-se mais de um gesto de falsa ¨piedade¨ que de harmonia nas relações pessoais.

E você, quais os seus preconceitos e qual a dimensão deles? Reconheça-os, para pode livrar-se destas limitações. Aprenda a julgar as pessoas pelo caráter de cada um, e não por ranços sociais.

 

Saindo do Rolo

Algumas palavras-chave para os preconceituosos tanto de muitos, quanto de poucos no caso daquela sua conhecida intragável:

Respeito - O outro tem o direito de ser como é, e de fazer suas próprias escolhas.

Tolerância – Eu não mando na vida dos outros, eu posso conviver com a diferença.

Aceitação - Eu aceito o outro como ele é, assim como desejo ser aceito como sou.

Abertura – Sou capaz de reformular meus valores.

Compreensão – Seres humanos até que se prove o contrário, estão juntos no mesmo barco, sofrem as mesmas coisas, e passam por situações parecidas. Todos têm coração e sentimento, e portanto é nosso dever exercer a compreensão.

Se você identifica em si mesmo um preconceito, procure compreender o “porquê”.

 


A cultura de um país é avaliada pelos reflexos conjunturais das  atividades: científicas, artísticas e religiosas de um povo.

 


 Taremisson D'Oxum
 

Assunto: Tento melhorar todos os dias

 Mensagem:
 Pai Kaobi, o exercício da humildade, do desprendimento, das revisões de pré conceitos, são os mais difíceis, e os que mais praticamos a partir do momento que começamos a fazer parte desses encontros maravilhosos com nossa família Mapory. É impressionante como em diversos momentos me pego julgando, opinando, me magoando com alguma coisa que vi ou ouví e muitas vezes o assunto nem é diretamente ligado a minha pessoa, enfim, perdemos tempo as vezes com coisas simples, é só saber avaliar no momento com os olhos de desprendimento e saber relevar e perdoar. Mas na maioria das vezes, nossa vaidade ou falta de humildade não nos deixa sermos mais práticos ao avaliarmos uma situação. Espero em Zambi que eu seja capaz de exercitar minha humildade e aprender a ser pelo menos um pouco melhor como pessoa. Que Zambi o abençoe, que se restabeleça cada vez mais. Minhas orações, meu axé. Agradeço a Zambi por ter um novo Pai, Meu amado PAI KAOBI. Axé pelos ensinamentos de todos os dias.


Kolofé N'Zambi  minha querida filha Taremisson D'Oxum

 
Realmente vc tocou no ponto vital de nossa maior dificuldade naquilo que tange nossa reforma intima, somente gostaria de salientar que com as coisas simples não perdemos tempo não, perdemos tempo com as coisas pequenas isso sim.
As vezes a nossa vaidade não! Sempre a nossa vaidade, é sempre a vaidade que da origens aos nossos maiores mêdos e o único antidoto que pode agir de forma direta contra a sofreguidão, o sofrer contínuo, é com certeza a humildade e o silêncio.
 
Tenho plena consciencia que você Taremisson D'Oxum se encontrará novamente com sua forma primeva, pois nunca a perdemos o que acontece é que nos afastamos de nossa escência por condições de convivência entre outros espiritos encarnados neste Ayé (mundo terreno) e isso nada tem a ver com as outras pessoas , somos o que somos e portanto aquilo que já é, nunca será porque ja é.
 
Somos a centelha da grande chama trina Divina, somos o pó, a poeira cósmica, somos a sombra das árvores, o canto dos pássaros,o gurgulho das arguas, somos os sentidos, talves por isso vivemos tão carentes, e afirmo carentes de verdade, todos nós somos assim, ninguem é totalmente seguro e estamos sujeitos a altos e baixos, mas nossa reação está ligada sempre a condição de nossa auto-estima, fortaleça-se a cada dia, lembre-se sempre o que Pai Hamadhés do Nilo nos ensina "PONTO A PONTO, PASSO A PASSO". ponto a ponto se refere ao coser, tramar os fios de nossos abrigos terrenos, passo a passo pois como diz o ponto original do Mapory:
 
SIGO O CURSO
PELA PRAIA
PELA AREIA VOU LARGAR
 
AS PEGADAS 
DESTE MUNDO
FICARÃO A BEIRA-MAR
 
SOBRE AS AGUAS TRANQUILAS
SEGUE O TEMPO
DE OXALÁ
SOB AS ONDAS
DESTE TEMPO
TODOS NÓS CHEGAMOS LÁ.
 
Que Nãnã Buruquê mãe de nossa familia Mapory, a carregue nos momentos dificeis, e que sua mãe Oxum alafie sua jornada terrena para todo o sempre.
 
Meus votos de crescimento e força, axé e esperança.
 
kolofé N'Zambi
 
 
Minhas orações serão sempre as suas.
 
Pai Kaobi Xapanã Burukú

São Cosme e São Damião, santos católicos originários da Arábia, filhos de pais cristãos. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio. Após uma vida inteira dedicada à cura, e milagres, foram martirizados na Síria, porém é desconhecida a forma como morreram.
Seu culto já estava estabilizado no Mediterrâneo no século V. Perseguidos por Diocleciano, foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus despojos para Roma, onde foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS - Cosme e Damião.

 

Alguns relatos afirmam que foram amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e inimigos dos deuses romanos. Em outra versão, na primeira tentativa de morte, foram afogados, mas salvos por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.

Depois de mortos, apareceram materializados ajudando crianças que sofriam violências. Ao gêmeo Acta é atribuído o milagre da levitação e ao gêmeo Passio a tranqüilidade da aceitação do seu martírio. A partir do século V os milagres de cura atribuídos aos gêmeos fizeram com que passassem a ser considerados médicos, pois, quando em vida, exerciam a medicina na Síria, em Egéia e Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anargiros, ou seja, inimigos do dinheiro. Mais tarde, foram escolhidos patronos dos cirurgiões.

Sempre confiantes em Deus, oravam e obtinham curas fantásticas. Também foram chamados de "santos pobres". Muitos esforços foram feitos para demonstrar que Cosme e Damião não existiram de fato, que eram apenas a versão cristã dos filhos gêmeos pagãos de Zeus. Isto não é verdade, embora haja evidências de que a superstição popular muitas vezes fez supor haver em seu culto uma adaptação do costume pagão.

Igreja de Sao Cosme e Sao Damiao em Igaraçu, PernambucoNo Brasil, em 1530, a igreja de Igaraçu, em Pernambuco, consagrou Cosme e Damião como padroeiros. No dia 27 de setembro, quando é realizada a festa aos santos gêmeos, as igrejas e os templos das religiões afro-brasileiras são enfeitados com bandeirolas e alegres desenhos.
 
 
 

Nos cultos Afro-brasileiros, são associados aos "ibejis", gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas.
O nome Cosme significa " o enfeitado" e Damião, "o popular".

São padroeiros dos Farmacêuticos; das Faculdades de Medicina; Barbeiros e Cabeleireiros. Protege: Orfanatos; Creches; Doceiras; Filhos em casa; Contra hérnia e Contra a peste. Seu emblema: caixa com ungüentos, frasco de remédios, folha de palmeira.

De acordo com o padre Ernesto, da Cúria Diocesana, o dia em que se homenageia os santos, para a liturgia católica, é dia 27. "Cosme e Damião são mártires da Igreja, de acordo com referências literárias antigas. Eles teriam nascido em Cirro, na Síria, local em que foi construída uma basílica em homenagem aos dois", explicou.

Na umbanda Cosme e Damião foram crianças que desenvolveram a vocação para medicina muito cedo, colocando em prática o que sabiam. Eles teriam morrido com cerca de 40 anos e a oferenda de balas serviria para que os doadores protegessem os espíritos de seus filhos, preservando-os contra doenças. Na Umbanda, além de Cosme e Damião também é homenageado Doum, igualmente médico e pediatra, espírito Ogum (que teria desfrutado de vida terrena).
 
 
 
 
Os Erês, ou crianças do céu, como são conhecidos, são espíritos puros de coração, encantam e alegram todo o ambiente, trazendo aos presentes uma sensaçao de pureza, alegria e paz.
É impossivel não se contagiar com a ingenuidade dessas criancinhas que lhe pedem a benção, balas e guaraná. São considerados os anjinhos do mais puro sentimento, alegria, felicidade. É tudo de mais belo que possa existir em
relação ao amor.
 
 
Quando se manifestam nos Terreiros, as crianças ocultam sua ação através de brincadeiras. Porém realizam verdadeiras curas que acabam se tornando imperceptiveis aos mais desavisados.
 
Além dos erês trabalharem para dissolver a rigidez e frieza de alguns pensamentos e sentimentos humanos, são capazes de trazer muita prosperidade, felicidade, alegria e em muitas vezes milagres, como uma cura inesperada, pois os Ibejis são representantes da medicina e os Erês detentores dos milagres divinos do criador.
 
Sempre que encontrar um Erê, seja gentil, lhe dê atenção, é a única atitude que uma criança espera de uma pessoa, ouça o que ele diz e pense a respeito, pois muitas vezes dizem o que precisamos ouvir.

*As oferendas realizadas pelo umbandismo, se estendem do dia 27 de setembro até o dia 12 de outubro (Dia das Crianças) consistem em depositar, em um jardim ou parque, doces, refrigerante de guaraná, velas azuis e rosas.
 
Salve as Criancinhas da Umbanda!!!


Saravá Nanã Buruquê,Salve o povo de Aruanda,Salve o povo,e Salve a nossa tão querida e amada Umbanda.
 
Axé pela visita.

 


Minhas Testemunhas..... 

Sem pensar no ontem  retornei ao Hospital que me acolheu a alguns dias atras, onde acometido de uma crise de vesicula fui internado e operado.

Sim fazem alguns dias que sofri a intervenção cirurgica e me foi retirada a vesicula, tudo foi muito rapido olhando pra traz, mas senti dores horriveis , frio, medo, solidão e acima de tudo insegurança.

Meu Deus como me senti pequenino, menor, frágil...Como senti naqueles dias entre espera no pronto socorro (2 dias e uma noite e nos 3 dias de internação na Uti da Usp.

Meu Deus foram dias e noites muito confusas, medicado a todo momento pelas veias e cuidado por estranhos.

Presenciei  muitas coisas durante o periodo que antecedeu a liberação de um leito para que eu pudesse então ser operado.

Vi neste tempo, pessoas, seres como eu sofrendo as mais diversas mazelas fisicas, e foram muitos os momentos em que minha consciencia dava lugar somente ao meu instinto.

Pois bem e assim foi, mas isso pode não ser muito interessante para muitos, e concordo que talvez não seja, mas eu Pai Kaobi não posso deixar de registrar este momento em minha vida que significou muito, e sinto hoje a quase 25 dias desta passagem o quanto foi um divisor de aguas em mim.  Lembro-me que estava pouco antes da crise , trabalhando no terreiro para que nossa festa anual em comemoração ao nosso Orixá regente Nanã Buruquê, fosse bonita, como sempre , pois representaria 2 anos e meio de trabalhos e atendimentos initerruptos, e somente quem dirige uma casa assistencial honesta sabe o quanto precisamos lutar, e por um sentido maior de minha vida, nesta encarnação sou um sacerdote, com muito orgulho e responsabilidade.

Ja havia passado por tantas situações, de perdas, de julgamentos, de confusões, mas estava de frente como sempre a minha função que diga-se de passagem não é nada fácil, pois um templo religioso necessita de coragem, força, e muita dedicação e obediência, ou seja disciplina, muita disciplina.

E derrepente estava eu nu, em uma maca entre seres encarnados e desencarnados que não havia convivido ainda.

Devido as minhas dores em nenhum momento tive oportunidade de chorar, de me deprimir, apenas lembro-me perfeitamente de meu despojamento e de minha entrega, só me restava confiar, confiar naqueles que lá estavam para me socorrer.

E foi ssim que fiz, me recordo dos sons, choros, lamentações, e muita dúvida que pairava no ar através dos olhos de tantos seres que por uma sequencia divina compartilhavam comigo aquele momento único.

Crianças, velhos, trabalhadores, marginais, todos ali juntos compartilhando somente um pensamento, o que vai acontecer?

quando vai acontecer? será que conseguirei?

Minhas testemunhas foram a natureza do todo de Deus(N'Zambi), através de seus guias e orixás, da generosidade da natureza, que somente pode ter origem em algo maior, enfim foram 6 dias de exclusão de mim mesmo, abandonado em meu pensamento, frágil e me sentindo incapaz, foram sensações que jamais terei expurgadas de meu ser.

Hoje ainda em processo de recuperação, vejo com mais clareza como somos frágeis, acreditamos quando jovens que somos fortes e muito amados, que somos seres super-humanos e indestrutiveis, nada disso, somos tão frágeis como as folhas de um arbusto em um jardim qualquer. Penso que devo agradecer a Nanã Buruquê e aos meus guias, pela minha força que se mostra em pleno processo de restabelecimento.

Ainda me sinto cansado e frágil, tendo as vezes momentos em que penso que não conseguirei, mas minha crença no verbo divino me estabelece a cada dia, ponto a ponto, passo a passo.

Sei que devo prosseguir pois pai Oxalá me delegou uma função que é a sacerdotal, e se assim o foi devo honrá-lo com todas as minhas forças, publicamente deixo registrado minha paixão , meu amor pela minha familia Mapory, meus filhos queridos que estiveram comigo, mesmo a distancia, e pricipalmente aqueles que caminharam juntos comigo nesta jornada, que não será a única.

Rogo a pai Xangô , que me de sabedoria e clareza, e que eu possa prosseguir.

Que Oxocê e Ogum estejam em meus passos a cada dia, pois com sua força somada ao meu espirito, conseguirei ter forças para enfrentar as mazelas e os enfrentamentos desta minha vocação.

Neste site que eu mesmo escrevo, não tenho interesse em divulgar a nossa amada Umbanda, pois ela não carece de mais divulgação, apenas ocupo o espaço para reflexões.

A História da Umbanda pode ser conhecida em tantas publicações ja editadas, e posso garantir que todas são excelentes.

Os fundamentos da nossa amada Umbanda são para serem aprendidos na prática de um terreiro, ou templo religioso.

Pois em meu conceito, e que reflete o conceito de nosso mentor maior Pai Hamadhés do Nilo, o exercicio de uma vida religiosa em uma comunidade de atendimento, nos serve para praticarmos a tolerancia, o não preconceito, a entrega ,e principalmente o desapego, de forma sadia, reconheço que não sou perfeito, não sou puro, sou somente um sacerdote, um guardião das tradições, um pai, um mestre, mas tudo o que eu dou é tudo que tenho e tudo que tenho foi Deus quem me deu.

 Peço a todos que passam ou que ja passaram pela nossa casa Templo de Umbanda Ilê Mapory Axé Buruku, e a todos os filhos que resistem desde a fundação, que tenham firmeza e clareza, que não procurem fé, mas a desenvolvam através de seus atos, peço perdão a todos se falhei em alguns momentos ou muitos, mas posso garantir que meu amor é de pai, e um pai tambem pode errar pois assim como seus filhos, o pai tambem possui mêdos.

Mas isso jamais significará covardia, é preciso ter opinião, sair do lugar comodo dos que se refugiam na comodidade da omissão.

Não lidamos com isso, é preciso ser inteiro em tudo aquilo que vivemos, falamos, pensamos, agimos.

Nada mais posso oferecer a não ser minhas orações, minha solidariedade e minha cumplicidade, e peço a todos membros da nossa aldeia Mapory que superem seus sentimentos menores, que realizem em maior ou menor grau as mudanças interiores, revendo seus conceitos , e exorcisando sentimentos de raiva, intriga, inveja, calunia.

Aos filhos que ja partiram , peço que se guiem pelo caminho do bem e que se nada aprenderam em nossa aldeia, não significa que não possuimos conteúdo, entenda que o universo divino está em constante tranformação e que nós seres extraterrenos estamos somente de passagem neste mundo que não nos pertence, pois este ayê pertence aos nossos Orixás(encantados), somos oriundos de ambientes profundamente solitários , nascemos sós e morremos sós, sigam seu curso, mas respeitem o alguidar onde dividiram o ageum em ló.

 

Minhas mais profundas homenagens a todos que pertencem a naçao Mapory.

 

Mestre Xamacuã D'Nanã

Xamacuã Burukú D'Oxocê

Yaquequerê Estela Maris de Aruanda D'Oxum

Obalemi D'Obá

Jurucê D'Oxum

Liabã D'Oxumarê

Sharamulaf  D'Obá

Ogandiê D'Oxoce

Jacirumã D'Obá

Kalá D'Nanã

Babaquequerê  Monjurumã Axogum    D'xango

Aruanê D'Oxoce

Iraí D'oxum

Jacuã D'Obá

Goya D'Ogun

Nandeberê D'Obá

Iriá d'oiá

Yabassé Yabará D'Oyá

Alabê Pena branca d'Xangô

Yaquequerê Ibiá D'Obá

Babaquequerê kotombi D'airá

Tatetu n'goma Marcio D'Xoroquê

Babá Aprokotã D'Nanã

Axogum Corumbatá D'Beira-mar

Ajubonã  mãe criadeira Yalomã D'Oiá

Ajubonã mãe criadeira Iriamecá d'Oxum

Juruá poti d'Oxum

Thomé D'Ogun

Kaonilê D'Xangô

Taremisson D'Oxum

Guaraciara D'Obá

Zambelê D'Ogun

Ogã Rubitaió D'Oxoce

Odelufó D'Oxoce

Oraminandê D'Oxum

Juquiaquerê D'Oxum

Kalamafi D'Oxumarê

Shatairá D'Oxum

Yadessibá D'Obá

e tantos outros

Axé Bucifó!

Minha gratidão e votos de Paz e Axé!

 

Babalaô Pai Kaobi Xapanã Burukú

Setembro/2011


 

 Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

 


Eu vi mamãe Oxum na cachoeira, sentada na beira do rio

colhendo lirio lilio ê colhendo lirio lilio á


Pai Kaobi Xapanã Buruku, Mãe Tãnia D'Ogun, Tateto N´goma D'Xoroquê e filhos

Encontro das águas, confraternização.

AGOSTO DE 2011 


Axé .. derramado ..quem tem olhos pra ver que o veja.

Eu e meus filhos  presenciamos este axé da cabocla da mãe tãnia D'Ogun, luz e axé.

Okê caboclo, salve as Juremas salve o Juremá, nossa luz na Umbanda.


Tateto N'Goma Márcio D'Xoroquê, axé pela generosidade e sabedoria.


Mãe Tãnia D'Ogun e filhos e Tateto N'Goma Marcio D'Xoroquê

Nós filhos  do Mapory de Nanã Buruku , em nome de nosso mestre Pai Hamadhés do Nilo

Agradecemos a Mãe tãnia D'Ogun e seus filhos pela recepção e acolhida que nos foi dada em sua linda casa

Em Olubajé realizado em 20/08/2011.

Axé Mãezinha e paz e luz a esta casa que irradia axé a todos que por ali passam e que ainda passarão.

Mukuiú N'Zambi. 

Pai Kaobi Xapanã Buruku


 Neto filho de Nandeberê D'Obá filha querida.


 

Colofé NZambi Pai Kaobi


De repente me surpreendo, pai Amigo,
Preocupado com a mensagem de carinho,
De quem, feliz, partilha o teu caminho
E se protege nas vibrações de teu abrigo.

O que fazer na festa deste ano?...
Se pouco tenho para oferecer-te.
Mas, o coração me pede para dizer-te
O quanto te quero bem, respeito e amo.

Amigo certo de toda hora que passa,
Ampara a família, por ela vive e labuta.
Na defesa dos filhos enfrenta qualquer luta,
Cumpre o dever para que o lar não se desfaça.

Nas minhas preces rogo sempre ao Senhor,
Por ti, paizinho, que taciturno ou brincalhão,
Jamais descuida da saúde ou da educação,
Dos filhos que sustentas com tanto amor.

Missionário, tua presença encoraja e acalma,
Os filhos que crescem alegres ao teu lado,
Aos quais te mostras severo e até \"quadrado\",
Mas, revelando sempre a grandeza de tua alma.

Se, por vezes, me rebelo na falsa ilusão,
É porque não sigo, com discernimento e desvelo,
Os exemplos que me dás, como modelo
E por isso peço-te envolver-me com teu perdão.

Minhas vibrações de gratidão e amizade,
Se elevam sempre em súplica ao Bom Deus,
Para que o Bem seja, nos caminhos teus,
Uma constante benção de muita felicidade!
 
 
o senhor me é muito especial o tenho muito respeito e carinho bjs!
Só posso agradecer a Pai Oxalá por ter me enviado uma mãe criadeira tão especial num momento tão dificil em que eu me encontrava..
Sua humildade e simplicidade me comove, sua generosidade vivifica sua função de mãe criadeira de nosso terreiro.
 
minhas orações serão sempre as suas e axé pela confiança neste pai que muito lhe ama.
 
sua

Neste dia 31 de julho comemoramos o 2º ano de nosso amado Mapory , celebrando junto ao Orixá regente Nanã Buruquê  nossa fé e nossa esperança juntos aos nossos guias e ancestrais.

Este ano a flor de lótus foi escolhida como simbolo desta comemoração!

Salubá Nanã Buruquê, saravá a todos os filhos da casa que tem procurado nos ajudar de uma forma ou de outra a superar todos os percalços de se manter uma casa viva.

E a todos os simpatizantes e frequentadores que muito nos dão como sentido e razão de tamanha batalha.

Axé Axelém

Babalaô  kaobi Xapanã Buruku. 

 

A Flor de Lótus é uma figura mística, mas que muitas pessoas não entendem o seu significado. A Flor de Lótus envolve vários aspectos da vida. Entenda agora o seu significado. O caule cresce através da água e suas raízes ficam submersas à lama. Com os raios de sol, a flor desabrocha e cresce, se transformando em uma linda imagem.
O crescimento da Flor de Lótus significa o progresso da alma que mesmo vindo da lama materializa-se na primavera e acaba superando todas as dificuldades. Essa é uma das únicas flores que sobe tantos centímetros acima da superfície, sendo que ela é uma planta que vive na água, assim como muitas outras. Além disso, exiba uma linda beleza.
Essa flor  é  um grande exemplo para todos nós, pois, mesmo estando na lama encontra forças para se tornar radiante e capaz de espalhar sua beleza. Então nunca se esqueça da Flor de Lótus

 

A flor de Lótus é venerada na Índia e no Japão como símbolo da espiritualidade; a semente de Lótus pode, por exemplo, ficar mais 5.000 anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade pra germinar. Ela nasce na lama e só se abre quando atinge a superfície, onde só então mostra suas luminosas e imaculadas pétalas, que são autolimpantes, isto é, têm a propriedade de repelir microrganismos e poeiras. É também a única planta que regula seu calor interno, mantendo-o por volta de 35º, a mesma temperatura do corpo humano. O botão da flor tem a forma de um coração, e suas pétalas não caem quando a flor morre, apenas secam. O conhecimento espiritual supremo é comparado ao florescimento do Lótus de mil pétalas no topo da cabeça, como é chamada a expansão do chakra coronário.

 

 

Apesar de suas raízes estarem na profundidade sombria deste mundo, sua cabeça está erguida na totalidade da luz. Ele é a síntese viva do mais profundo e do mais elevado, da escuridão e da luz, do material e do imaterial, das limitações da individualidade e da universalidade ilimitada, do formado e do sem forma, do Samsara e do Nirvana.


Se o impulso para a luz não estivesse adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o lótus não poderia se voltar em direção à luz. Se o impulso para uma maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no estado da mais profunda ignorância, nem mesmo num estado de completa inconsciência um Iluminado nunca poderia se erguer da escuridão do Samsara.


A semente da Iluminação está sempre presente no mundo, e do mesmo modo como os Budas surgiram nos ciclos passados do mundo, também os Iluminados surgem no presente ciclo e poderão surgir em futuros ciclos, enquanto houver condições adequadas para vida orgânica e consciente.

 

A Flor de Lótus é uma figura mística, mas que muitas pessoas não entendem o seu significado. Com um toque de budismo, a Flor de Lótus envolve vários aspectos da vida. Entenda agora o seu significado. O caule cresce através da água e suas raízes ficam submersas à lama. Com os raios de sol, a flor desabrocha e cresce, se transformando em uma linda imagem.
O crescimento da Flor de Lótus significa o progresso da alma que mesmo vindo da lama materializa-se na primavera e acaba superando todas as dificuldades. Essa é uma das únicas flores que sobe tantos centímetros acima da superfície, sendo que ela é uma planta que vive na água, assim como muitas outras. Além disso, exiba uma linda beleza.
Essa flor  é  um grande exemplo para todos nós, pois, mesmo estando na lama encontra forças para se tornar radiante e capaz de espalhar sua beleza. Então nunca se esqueça da Flor de Lótus !!

Certo dia, à margem de um tranqüilo lago solitário, a cuja margem se erguiam frondosas árvores com perfumosas flores de mil cores, e coalhadas de ninhos onde aves cantoras chilreavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra. - Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva - disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza. É verdade - disse o ar. - É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade. - Não te queixes - disse a água -, pois estamos obedecendo à Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação. Por outro lado, não perdemos nossa liberdade; tu corres de um lado para outro, à tua vontade; o irmão fogo, entra e sai por toda parte servindo a vida e a morte.

 Eu faço o mesmo. - Em todo o caso, sou eu quem deveria me queixar - disse a terra - pois estou sempre imóvel, e mesmo sem minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço. - Não entristeçais minha felicidade ao ver-nos - tornou a dizer o fogo - com discussões supérfluas. É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontrarmos fora da forma. Regozijemo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago formado pela nossa união.

Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo. Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se regozijaram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente para o seu trabalho. Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! como ele era ingrato. Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os.

Tiveram desejo de retirar sua cooperação e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico. Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos. Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse através das idades a felicidade de seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem.

Houve muitos projetos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes. Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram: - E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela? - A idéia pareceu digna de experiência.

 

 Eu porei as melhores forças de minhas entranhas - disse a terra - e alimentarei suas raízes. - Eu porei as melhores linfas de meus seios - disse a água - e farei crescer sua haste. - Eu porei minhas melhores brisas - disse o ar - e tonificarei a planta. - Eu porei todo o rneu calor - disse o fogo - para dar às suas corolas as mais formosas cores. Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha.

Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana. Consultaram-se os astros, e foi fixada a data de 8 de maio - quando a Terra está sob a influência da Constelação de Taurus, símbolo do Poder Criador - para a comemoração que desde épocas remotas se tem perpetuado através das idades. Foi espalhada esta comemoração por todos os países do Ocidente, e, em 1948, o dia 8 de Maio se tomou também o "Dia da Paz".

 

A flor-de-lótus (Nelumbo nucifera), também conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado e lótus-da-índia, é uma planta da família das ninfáceas (mesma família da vitória-régia) nativa do sudeste da Ásia (Japão, Filipinas e Índia, principalmente).

Olhada com respeito e veneração pelos povos orientais, ela é freqüentemente associada a Buda, por representar a pureza emergindo imaculada de águas lodosas. No Japão, por exemplo, esta flor é tão admirada que, quando chega a primavera, o povo costuma ir aos lagos para ver o botão se transformando em flor.

Lótus é o símbolo da expansão espiritual, do sagrado, do puro.


A lenda budista nos relata que quando Siddhartha, que mais tarde se tornaria o Buda, tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores de lótus cresceram. Assim, cada passo do Bodhisattva é um ato de expansão espiritual. Os Budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação (dhyana) está simbolizada pelas flores de lótus completamente abertas, cujos centros e pétalas suportam imagens, atributos ou mantras de vários Budas e Boddhisattvas, de acordo com sua posição relativa e relação mútua.
Do mesmo modo, os centros da consciência no corpo humano (chacras) estão representados como flores de lótus, cujas cores correspondem ao seu caráter individual, enquanto o número de suas pétalas corresponde às suas funções.


O significado original deste simbolismo pode ser visto pela semelhança seguinte: Tal como a flor do lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo sua flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência Iluminada (bidhicitta), a incomparável jóia (mani) na flor de lótus (padma). Assim, o arahant (santo) cresce além deste mundo e o ultrapassa.


 

Ficamos a  saber.....

 

que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos. E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos. As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo. Mãos talvez sujas. Sujas talvez de dores alheias. E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer. São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca. Não as queremos, mas estão cá dentro. São obra nossa.
(Paulo Geraldo)

 

 Não se deve obrigar ninguém a agir de modo contrário à sua consciência. Mas isso não quer dizer que todas as decisões tomadas em consciência sejam correctas, ou que todas as opiniões tenham o mesmo valor. Mesmo com muito boa vontade, todos podemos errar, por falta de conhecimentos, ou por não querermos equacionar bem as coisas. De fora, podem ver com mais objectividade e explicar-nos onde erramos. O que não podem é obrigar-nos a vê-lo. Deve respeitar-se a liberdade das consciências, isto é respeitar o processo pelo qual cada um chega a ver o que deve fazer.
(Juan Luis Lorda)

 

É através do compromisso – uma opção sem retorno que em alguns casos existe sem que tenha ficado escrita num documento – que nos ligamos ao amigo, ao esposo ou à esposa, a uma tarefa em conjunto com outras pessoas… E ligando-nos aos outros localizamo-nos. Se tens filhos, tens uma tarefa e, com ela, um lugar no mundo. E todos os teus passos estão cheios de sentido. Fugindo de te amarrares, poderá chegar o momento em que perguntes a ti mesmo o que estás aqui a fazer.

(Paulo Geraldo)

  

É errado pensar que a vida é um jogo e que, se algo correr não exactamente de acordo com as nossas expectativas, podemos jogá-lo de novo desde o início, com novas oportunidades de êxito. Seria uma tolice considerar que temos direito a um caminho de triunfos, sem sofrimentos nem desilusões, sem coragem nem heroísmo. Porque isso não sucede a ninguém e não é deste mundo. Aqui é preciso escolher e, depois, seguir em frente até ao fim. Por vezes com os ombros pesados de cansaço, de dor, de desilusão, de fracasso...

(Paulo Geraldo)

 

 

Eu sei: tens medo de que não te retribuam; achas que se pensares nos outros eles não pensarão em ti; que poderás ficar diminuído por seres sempre tu a ceder... Mas quem foi que te disse que o amor era um negócio? Onde aprendeste que era uma actividade centrada em ti mesmo, destinada a dar-te satisfação? O amor é um mau negócio: é, como escreveu Camões num soneto lindíssimo, "cuidar que se ganha em se perder". É uma loucura que leva a acreditar que enriquecemos quando nos damos; que só somos nós mesmos quando não queremos saber de nós.
E, descansa, nenhum outro comportamento é tão contagioso.

 Paulo Geraldo


 

CULTO AOS ORIXÁS UMA PRÁTICA XAMÂNICA

Para que possamos mergulhar neste assunto, será preciso conhecermos um pouco mais o "XAMANISMO"

 O Termo Xamanismo, também hoje em dia é utilizado para definir determinadas práticas espirituais e ritos religiosos, proto-históricos, e primitivos. Estas práticas tem em comum o culto a Natureza, e estão divididos em diversas modalidades tais como:

 Xamanismo dos aborígines (índios) siberiano.

Xamãs de tribos indígenas de todas as Américas.

 

Os adeptos do Druidísmo, da Filosofia Wicca e dos Cultos a Grande Mãe Natureza.

Estas civilizações que povoaram toda Europa, tiveram seu primeiro apogeu em torno de 9000 anos antes da era Cristã.

 

Ainda temos as práticas dos povos Aborígines da Índia como o Povo Drávida ou Tântrico que tiveram seu apogeu em torno de 10000 anos antes da era cristã.

Dentre muitos outros povos aborígines da antiguidade.

 

O povo Fon do Daomé reverencia Nanã Buruku a Grande Mãe que Criou o Mundo.

O Culto dos Orixás que ficou muito conhecido no Brasil, também é uma prática de Xamanismo.

possui um sistema complexo de Hierarquia, e modalidades tais como:

 

Cultos de:

 Orunmila Ifá. Ilé (Casa, templo) de Orunmila Ifá.

 Ilé Ase Orixás. Candomblés de, Jeje, Ketu, Nago, Angola dentre outras.

 Ilé Egun. Casa dos ancestrais.

 

 

As práticas Xamanicas tem como base a utilização das forças da natureza. O culto de Orunmila-Ifá e dos Orixás também tem o objetivo de cultuar e utilizar estas forças; Fogo, Terra, Ar, e Água.

 

Para isto o Ologun ( o mago), na primeira iniciação do Culto de Ifá, passa pôr um longo tempo de treinamento e estudos para poder aprender a jogar o jogo oracular muito conhecido no Brasil como jogo de Búzios ou Erindinlogun.

 

Todas as práticas Xamanicas, são necessárias diversas iniciações, onde o aspirante passa pôr um rito de morte e renascimento, morre para renascer renovado, tem uma experiência de renascimento de transformação de seu interior do seu EU, redescobrindo a si mesmo.

 

Os rituais indígenas constituem momentos importantes que marcam a socialização de um indivíduo ou a passagem de um grupo de uma situação para outra. Eles marcam momentos constituintes da identidade dos indivíduos nas diferentes fases da vida, incluindo a passagem para o mundo dos mortos.

Manifestam as relações entre o mundo social e o mundo cósmico, entre o universo natural e sobrenatural. A maioria dos rituais são planejados com antecedência, envolvendo grande quantidade de alimentos, confecção de artefatos e convites para parentes e aliados.”

 

PRIMEIRO EQUÍVOCO: CULTURA GENÉRICA

A maioria das pessoas imagina que os índios têm uma única cultura, que compartilham das mesmas crenças e língua. Esse pensamento não é verdadeiro.

 Se fosse, os índios TUKANO, DESANA, MUNDURUKU, WAIMIRI-ATROARI, KRAYUMARA deixariam de ser eles mesmos para se transformarem no “índio genérico”.

Cada povo tem língua, religião, arte e ciência próprias.

Hoje, vivem no Brasil mais de 200 etnias, que falam mais de 180 línguas, com grau de comunicação variável. A diferença que pode existir, por exemplo, entre a língua macuxi e a ingaricó (ambas do tronco linguístico karib) é comparável às diferenças entre o português e o espanhol. Mas quando as línguas são de troncos diferentes, a comunicação fica bem mais difícil. Como se conversassem um alemão e um brasileiro.

SEGUNDO EQUÍVOCO: CULTURAS ATRASADAS

Quem considera as culturas indígenas como atrasadas e primitivas esquece que os índios produziram saberes, literatura, poesia, religião etc. As línguas indígenas foram consideradas pelos colonizadores como inferiores.

 Ora, todo linguista afirma que qualquer língua é capaz de transmitir qualquer ideia e sentimento. Isso significa dizer que não existe língua melhor que a outra. O que existe é a confusão entre a língua e o seu falante, que nas estruturas sociais podem ocupar posições mais ou menos privilegiadas.

 

As religiões eram consideradas apenas conjuntos de superstições. Basta entrar em contato com a cultura indígena para saber que esta opinião é preconceituosa e etnocêntrica, ou seja, que leva em consideração e se baseia apenas na cultura e nos valores de quem está observando os ritos religiosos.

Os índios Guarani Mbyá, que têm aldeias em Angra dos Reis e Paraty, são considerados os “teólogos da floresta”. A religião é um dos traços mais marcantes dessa tribo.

As ciências indígenas também já foram tratadas de maneira preconceituosa. Os conhecimentos dos índios já foram desprezados como se fossem a negação da ciência e da objetividade. O antropólogo Darrel Posey explicou que existem índios especializados em solos, plantas, remédios, rituais etc.

 

A literatura também foi menosprezada. Os diferentes povos produziram uma literatura sofisticada, que foi menosprezada porque as línguas eram ágrafas, ou seja, sem escrita.

Ela foi passada de geração a geração através da tradição oral. Mas, a partir do século passado, vários estudiosos recolheram no Pará e no Amazonas literatura oral de qualidade. Um deles foi o General Couto de Magalhães. Curioso, ele aprendeu a língua nheengatu só para conhecer as histórias dos índios. Por isso, certa vez ele comentou:

 “um povo que ensina que a inteligência vence a força é um povo altamente civilizado, é um povo altamente sofisticado”.

Esse excelente texto de Omo Ifá Awotundé Alberto Junior reflete a sabedoria e capacidade de aceitação entre os povos e as nações, compreendendo que a maior arma que ceifa a ignorância é o entendimento, que se trata de algo que vai além dos sistemismos  contemporâneos encharcados de solubilidade vã.

 

Babalaô Kaobi Xapanã Burukú

Sacerdote da nossa Mãe Umbanda 

 

 


Só podemos ajudar alguém, se nele confiarmos.

Como Babalaô deixo a todos a mensagem que o sacerdócio é a abertura do mundo fisico feita pela consciencia da passagem para o plano existencial espiritual integral.

Pois o respeito pelos outros termina fazendo com que recuperemos o respeito por nós mesmos.

Se acreditarmos que uma pessoa pode melhorar, e esta pessoa sente que a consideramos igual a nós mesmos, terá ouvidos para nossas palavras. Acreditará que pode se tornar uma pessoa melhor. 

O Sacerdote é escolhido, nunca faz a sua escolha, e não se sente menor por isso.

Apenas o é!  Minhas orações a todos! Axé Bucifó!


Irmãos de fé


Nós do Templo de Umbanda Ilê Mapory Axé Burukú "Casa de Mestre Xamacuâ" desejamos axé a todos que habitam esse ayê e aos nossos ancestrais que habitam o Orum de N'Zambi! Axé Axelém!

Acolhimento é a palavra de ordem..........

Nossas orações a todoas as Nações e seus filhos de fé!

Saravá a nossa Umbanda! 

Saravá Nosso Amado Mapory!


A força mais potente do universo? A fé. ( Madre Teresa de Calcutá )



 

Bons amigos são aqueles que nos instruem na fé, empenham-se conosco para aprofundar nossa prática e estudo, e trabalham em harmonia conosco para o avanço da Paz Mundial. ( Nitiren Daishonin )



 


Minhas mais sinceras homenagens a esse povo de fé , guerreiro e corajoso, que sabe buscar o melhor entre as mais diversificadas formas da vida. 

Navegadores antigos tinham uma frase gloriósa:Navegar é preciso, viver não é preciso".

Quero pra mim o espirito desta frase, trasformada a forma casar com o que eu sou:Viver não é necessário;necessário é criar.

Não conto gozar a minha vida, nem goza-la penso.So quero torna-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e  minha alma a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a prender como minha.

Cada vez mais assim penso. cada vez mais ponho na essencia anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a patria e contribuir para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticísmo da nossa raça.               Fernando Pessoa


2º barca - Ogãs Mapory - 2010

Aprokotã D´Nanã -  Pena Branca D´Xangó - Yabassé Yabará D'Oyá -  Juruá-Poti D´Oxum -  Juquiaquerê D´Oxum -  Ekedi Ibiá D´Obá

Mãe pequena Estela Maris de Aruanda D´Oxum - Babalaô Kaobi Xapanã Buruku - Pai Pequeno Monjurumã Axogum D´Xangó

e nossa mascote Oxum.


 

  Mukuiú  N'ZAMBI  a  todos os filhos  de fé que tem demosntrado confiança neste humilde Sacerdote!

Apresentaremos uma série de artigos compilados através de pesquisa oral e escrita,  sobre todos os nossos encantados orixás.

E é claro que iniciaremos com Nanâ Burukú mãe de nosso amado Templo de Umbanda Ilê Mapory Axé Burukú.  

O intuito principal é apresentar material necessário para que tanto filhos de fé bem como simpatizantes, possam desenvolver uma visão mais clara e precisa de nossa prática religiosa.

Quero agradecer nossa querida mãe criadeira Ajubonã Iriamecá D’Oxum que me apontou que já era hora de apresentar-mos este material.

 

Minhas orações

Pai Kaobi Xapanã Burukú

 

Nanã - Capitulo 1

A Deusa do reino da morte.

 

Nanã é uma figura muito controvertida do panteão africano.

Ora perigosa e vingativa, ora pateticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.

Nana possui não dois lados , mas sim um orixá dentro do outro, um conceito que foi gradativamente substituído por outro, dando margem a muita confusão e contestação no jeito de se defini-la.

As diferenças são visíveis nos conceitos apresentados por parte de variados Babalaôs e Babalorixás e fiéis.

Nana Burukú é um orixá feminino de origem Daomeana (Daomé) que foi incorporado há séculos pela mitologia Yorubana (Yorubá), quando o povo Nagô conquistou o povo de Daomé(atual Benin) assimilando sua cultura e incorporando alguns orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.   Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito iorubá ou nagô)

Continua sendo o pai de quase todos os orixás.

Yemanjá (mito igualmente iorubá) é a mãe de seus filhos nagô e Nana (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade essa que não é a original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia.

 

Em geral a explicação conciliadora desses mitos de origens distintas assimilou que os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (pois vinham de uma cultura ancestral anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nana e o nascimento de seus filhos como fatos anteriores ao encontro entre Oxalá e Yemanjá, apesar de algumas lendas (itãs) situarem Ogum contracenando como adulto com uma Nana ainda jovem, mostrando que o processo não foi perfeito.

Muitas pesquisas apontam ainda que os iorubás começaram a ter um conceito de deus supremo antes inexistente e que esse conceito pode (fato não comprovado) ser conseqüência da influência dos maometanos do norte da África sobre a população negra mais próxima. Assim

Nanâ assume, como outros orixás femininos, o conceito de maternidade, como função principal.

 É nesse contexto a primeira esposa de oxalá, tendo com ele três filhos: Iroko (ou Tempo), Omolu(Abaluaiê) e Oxumarê.

 No culto original daomeano, Nana teria um posto hierárquico semelhante a Oxalá ou até mesmo do deus supremo Olorum(N’Zambi).

Neste contesto era uma figura feminina mas as vezes também alguém acima das distinções macho e fêmea, pois constituía num par completo, pai e mãe unificados de todas as coisas, fossem os seres humanos, fossem os orixás.

É por isso, na síntese iorubana, a mais velha das deusas das águas, tendo associações tanto com a morte como com a posição reservada dos velhos em qualquer sociedade.

Seu símbolo básico é o ibiri, um feixe de palitos de dendezeiro, semelhante ao símbolo ritual de seu filho Abaluaiê o xaxará, tendo apenas sua extremidade superior toda recurvada, num dos arquétipos de “cansaço” e velhice  Associados `a deusa.

 Os filhos de Nanã, quando incorporados não brandem o Ibiri como um instrumento de guerra, mas praticamente o ninam, como se ele fosse uma criança, representando todos os seus filhos............continua capitulo II


Sr Paulo D'Xangô, Xatairá D'Oxum,Xamacuã Burukú D'Oxossi, Yabará D'Oiá,Kotomi D'Airá,

Aprokotam D'Nanã, Ijumoababaya D'Ossaim, Guaraciara D'Obá e inseparáveis Oxum e Xangô

Gira de Caboclos maio 2011


 

O culto ao orixá Nanã.

 

O sincretismo brasileiro costuma associar Sant”Ana ao orixá Nana. Isso vem da postura relativamente dura e combativa da santa, já que o arquétipo da Nana sitetiza a contradição dos sentimentos masculinos em relação a figura básica feminina, a oposição entre noção de protetora e o papel de castradora que os homens vêem nela.

Por causa desse sincretismo, sua festa costuma acontecer em 26 de julho, data da santa católica. A maior parte das datas de comemoração, inclusive, acaba por seguir o calendário romano e dos santos sincretizados (Aculturamento banto , primeira nação a sofrer a escravisação e o aculturamento cristão do novo mundo).

 

Segundo Augras, Nana parece ser a mais insigne representante do grupo das mães antigas (Iyá Agbá) poderosas e temíveis. Seus elementos são a terra e o lodo 9lama, junção de água com terra), cada um dos elementos correspondentes à interpretação primordial (respectivamente) dos daomeanos e dos iorubas. Seus domínios são o nascimento (não o momento do nascimento, mas sua possibilidade – figura aqui como a grande ancestral que libera o nascimento) e o reino dos mortos.

 

Seus ebós são oferecidos as terças-feiras

.Animais cabras e galinhas D’angola (guiné)

 As comidas (ageuns) ritualísticas mais oferecidas  são:

o Anderê – (vatapá feito com feijão fradinho), um prato de milho branco(canjica), inhame e arroz,

o axoxô (milho amarelo misturado com coco fresco raspado),

o aberém - (bolo de massa de arroz ou milho previamente amolecidos na água e moído na pedra, depois misturado açúcar e aquecido e servido enrolado em folhas de bananeira ou taioba, atado com fibras do tronco de uma arvore e finalmente cozido no vapor,

Acaça – uma pasta de farinha de milho cozida em ponto de gelatina que , ainda quente e envolvida em pequenas porções, enroladas em folha de bananeira, e ainda Deburu (pipocas).

 

 

Praticamente recebe com freqüência os mesmos ageuns que são ofertados a seus filhos , os orixás Tempo ou Iroko, Oxumarê e Omolu- Obaluaiê.

 

Saudação – Salubá Eê.

 

 

Bibliografia:

Augras , Monique – o Duplo e a Metamorfose – Identidade mítica em comunidades nagô.

Roger Bastide – O candonblé da Bahia

Cacciatore, Olga Gugolle – Dicionário dos cultos afro-brasileiros

Ribeiro, José – Candomblé no Brasil.

Verger, Pierre – Orixás Deuses iorubas na África e no novo mundo. -- Lendas africanas dos Orixás


 

Não existe fundamento para embasar a dúvida acerca de como um homem. Nascido para sobrepor-se à própria condição humana, possa enfrentar de modo sereno, a dor, o prejuízo, a tribulação e ferimentos a par dos abalos sísmicos de circunstâncias que o cercam trepidantes. Basta que ele com firmeza, enfrente a tudo enquanto suporta tanto as coisas pesadas, com placidez, como as amenas, com moderação, sem entregar-se àquelas nem confiar nessas, visto manter-se sereno em meio ao verdadeiro dos infortúnios, já que nada tem de seu senão a própria personalidade e mesmo essa na sua parte mais nobre.

Algumas coisas são de tal triplicidade e de tal modo conexas entre elas que uma mão não pode existir sem a outra. O que afirmo, cuidarei de esclarecer. Posso mover os pés, sem correr, porém, não posso correr sem o movimento dos mesmos. Posso, embora dentro d’agua, não nadar, mas não posso nadas sem estar dentro d’agua.

Isso vale para o que estou esclarecendo. Se eu recebi uma injúria, então alguém a causou. Se ela aconteceu, nem por isso, necessariamente atingiu-me.

Pois podem ocorrer muitas circunstâncias que as interceptam, Assim um elemento fortuito pode incidir sobre a mão que segura a arma assassina, desviando o golpe. Também algum elemento fortuito pode repelir qualquer tipo de injúria, cercando-lhe a execução de sorte que, embora acionada não seja atingido o alvo.

 

Sêneca  - A Constância do sábio.

Nascimento  Córdoba Espanha - Ano a.C

Morte: Ano  65. Nero o imperador o qual fora aluno de Sêneca exige que ele se suicide.


 

Nanã  -  Capitulo 2

 Na terra das lendas, esses filhos “carnais” eram outros orixás, já citados. Na terra  dos  homens, esses filhos são as almas dos  dos mortos, os eguns.

Se oxum é como orixá ioruba responsável pela vida que vai nascer ou está começando, se responsabilizando pelos fetos recém-concebidos, pela criatura em todo o processo de gestação e pela criança pequena, recém-nascida até que, adquirindo o poder da fala ela passa a se manifestar mais individualizadamente, revelando suas características e tendências – revelando portanto, a que o arquétipo de comportamento está associada, de que orixá é filha-, Nana faz o caminho inverso da mãe da água doce. É a deusa do reino da morte, sua guardiã quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.

 A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelo povo de fé com menos familiaridade que os orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo. Nesse sentido, mantém a tradição de diferenciação de tratamento que existe entre os homens e os orixás de origem iorubana ( os humanizados, alegres, passionais e temperamentais) e os de origem jeje, que sempre ressaltam o lado escuro, uma postura sombria e excessivamente dramática sobre a vida, um tom soturno de relacionamento, tanto no jeito dos homens por ele invocarem como no que os orixás podem lhes dar. São os orixás dos castigos, dos terrenos minados ao comportamento humano.

Por outro lado, a morte e os eguns que atravessam seu território são assuntos tabu para a maioria do povo de fé.

Enquanto no espiritismo os mortos são amplamente contactados e reverenciados e na tradição escrita cristã a morte é a libertação do mundo carnal para  um mundo muito melhor (pouco prática na existência do dia-a-dia, já que nossa sociedade basicamente cristã teme muito a morte), para muitos seguidores a morte é um terreno misterioso e assustador. Não é muito recomendável se lidar com os eguns pois eles como fonte energética são bastante impuros e pouco controláveis.

Melhor é se relacionar com as forças vibratórias independentes e superiores como os orixás(inkices), nada presos as necessidades humanas e aos vícios dos espíritos dos mortos.

 Mesmo assim, a morte é soturna para o povo do santo. Muitos são portanto os mistérios que Nana-terra esconde, pois nela entram os mortos

E através dela são modificados para poderem nascer novamente.

Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, o novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nana. Ela é considerada pela comunidade do povo de fé, como  uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna dos Itãs (lendas)  Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem o invoca em geral a mesma relação austera que mantém o mundo.

As cores de Nana acompanham as de Omolu – Abaluaiê, filho dela com o qual mantém muitas similaridades e paralelismos......continua  capitulo 3   


 

Nanã - Capitulo 3 

Apesar de suas relações serem péssimas, (Coincidentemente, algumas das figuras que poderiam ser quase paralelas a eles nos mitos iorubanos , como a mãe Yemanjá e o filho solitário e feiticeiro Ossâim, também se dão muito mal e vivem afastados). Suas cores são o branco e o preto, a morte e a nova vida, o renascimento, também podem ser brancas e azuis, e por influência católica lembrando as mortalhas que cobrem os santos e outras imagens na semana santa- tempo de ressureição para a mitologia cristã – na Umbanda e na cultura afro-brasileira foi associada a cor roxa ou lilás.

Além da associação com a terra, Nana é também a lama, o lodo do fundo dos rios e dos mares em geral. Talvez seja outro produto da aproximação das duas culturas diferentes. Para os iorubas, quase todos os orixás femininos são deusas da água. Para os daomeanos, Nana era a matriarca da terra (Onilê).

A lama se constitui no ponto limite entre as duas substancias, sendo formada pelas duas, realizando simbolicamente o casamento e a absorção mútua entre as culturas diferentes. È então, por extensão, a deusa dos pântanos, o ponto de contato da terra firme com as águas mais puras, a separação entre o que já havia no universo tradicionalmente, a água como substância que foi liberada por mando de Olorum(N’Zambi) o deus supremo, a terra que saiu do chamado “saco da criação”. Conforme a terra foi invadindo a água, foram-se estabelecendo os continentes e os mares, os terrenos secos e as lagoas. Nesses limites todos está Nana. A lama responsável pelo pricipal limite que a angustia o homem, a entrada para a morte (passagem terrena). É, portanto simultânea a criação do mundo. Se analisarmos, porém , a função de Nana num contexto familiar mas estrito, percebemos que a aculturação que modificou um pouco todos os orixás daomeanos para que eles pudessem ocupar um lugar na mitologia dos iorubas provocou em Nana uma verdadeira transferência.

Na cultura original, ela era a matriarca, o principio e o fim de tudo, a que dá a vida, recolhe a vida e prepara  os seres humanos para a nova vinda. Ela governava tudo que existe fora da existência humana no mundo.

 Como, porém, a figura da mãe já estava ocupada  na mitologia nagô em versões e momentos diferentes tanto por Yemanjá como por Oxum, Nanã ficava sem função.

Não se podia questionar o “mandato” de Yemanjá e Oxum sobre tal assunto. A adaptação, então, acabou levando em conta a antiguidade de Nanã e a ela ficou reservado o papel de avó. Note-se que a definição de um papel é fundamentalmente necessária na pratica das culturas Afro brasileiras. Há orixás masculinos de diferentes  idades que representam que representam diversas fases da vida do homem.

Oxum por exemplo, representa a moça – a fase da coqueteria, da auto-afirmação da própria feminilidade, da que tem tempo para ser maliciosa, brincar, provocar. É a responsável pelas crianças quando da fecundação, acompanha os bebês desde a época do nascimento e só não mais se responsabiliza por eles quando, já está começando a falar, dão os sinais claros de sua personalidade individual; a partir daí passam a ser protegidos e guiados pelos próprios orixás de cabeça. ..........continua no próximo capitulo IV  


 

 Congá em noite de assentamento..silêncio eró e orô! 


 

Nanã   -     Capitulo 4

 Quanto a Yemanjá representa a maternidade em sua plenitude, a mulher adulta cujos filhos já estão crescendo, ocupando não mais a transição de filha para o papel social de mãe, mas assumindo completamente seu lugar numa visão estável de sociedade.

Para Nana, ficou a imagem da velha matriarca, da avó. Por isso, também é associada a figura da orixá uma certa lentidão de gestos, e diversos outros caracteres comuns a Oxalá que representam a antiguidade da deusa.

Mas há o lado amargo. Muitos sacerdotes se referem a Nana como uma figura difícil, desprovida de senso de humor, um pouco dura,seca,com visão às vezes cansada, às vezes irritada,às vezes invejosa do mundo. Isso seria produto do poder perdido pelo orixá e pelo ser humano em geral que, após comandar a família, era relegado a segundo plano por causa da idade, tendo de ceder o poder e conseqüentemente o próprio espaço tal que tinha construído para si mesmo para a nova geração.

As imagens referentes ao orixá , por isso, costumam ser contraditórias. As vezes citada nas lendas como a avó doce, a supermãe carinhosa e passiva perante as crianças que, como arquétipo ocidental da avó, faz todas as vontades da criança por excesso de tolerância- algo que mimaria a criaturinha. Noutras narrativas, Nana também é lembradal como a velha ranzinza que está sempre lembrando que ela é a chefe da família, que todos um dia já a obedeceram, quando ela era mãe apenas, mas que agora foi posta de lado pelas gerações mais novas. Sua vida, então seria reclamar o passado perdido, dos tempos melhores que já se foram e exigir no presente o mesmo respeito as suas determinações e a seu comando que um dia conseguiu.

 Essa dualidade é explicada pela interpretação analítica de Monique Augras. Para chegarmos a ela, porém, precisamos resumir uma lenda que insere Nana como contemporânea não só de Oxalá mas também de Yemanja:

 Conta a história que Nana exercia o poder sobre uma comunidade. Era a juíza, a que distribuía o castigo para os homens (mais uma vez a visão do Daomé que o estado é que reprime: analisando-se seus mitos, pode-se perceber que tinham uma sociedade muito mais autoritária e fechada do que  o mundo dos iorubas). A lenda porém valoriza como castigo as censuras e condenações que Nana, figura feminina, fazia aos homens, mandos de outras mulheres. Quando esposas da tribo iam procurá-la para reclamar de seus maridos, era quase certo que Nana mandasse buscar o marido faltoso que, sem chance de defesa, era amarrado a uma arvore, para ser assustado pelos eguns sob o comando de Nanã.   

 A lenda localiza, então, a rebelião não só na terra dos homens mas principalmente na terra dos orixás. Eles segundo a narrativa não podiam aceitar que uma mulher tivesse o controle sobre o comportamento numa determinada terra, ou seja uma cultura machista não podia aceitar a existência de uma sociedade matriarcal.

 O conselho dos orixás , então achou que a resolução para tal situação seria arrumar um casamento para Nana, submetendo-a a autoridade de um marido- outra solução no mínimo machista da narrativa.

 Mandaram então a terra (AYÊ) Oxalufã, a forma jovem de Oxalá, ele chegou como um andarilho sem identificação e pediu pousada, a Nana, que o recolheu em casa.

 Oxalá fez Nana tomar uma beberagem com efeitos mágicos e ela acabou se apaixonando por Oxalufã. É curioso notar que na história a personagem não tinha a liberdade de apenas se interessar por ele, como se a sexualidade feminina fosse uma concessão aceita a partir de bebidas e não , um desejo próprio dela – quando, pela sociedade matriarcal em que ela se localizava, é fácil de presumir que se alguém tinha liberdade de escolha para manter relações sexuais com um homem era ela, a matriarca.

 Nana então se apaixonou  por Oxalufã . mostrou todo o seu reino ao jovem orixá, dividiu tudo com ele, vetando a ele apenas o seu ingresso no jardim dos eguns , numa evidente semelhança com o veto de Deus a adão e Eva, que tinham a sua disposição todo o paraiso, menos a arvore do conhecimento.

Aqui também Nana guarda uma forma de conhecimento decisivo num jardim, o poder sobre a morte e suas criaturas, uma forma de saber que lhe assegura a perpetuação no poder temporal.

 Finalmente Oxalufã espionando Nana aprendeu o que precisava para se comunicar com os espíritos dos mortos, e fantasiando-se de mulher, disfarçando-se da própria Nana, foi a te o jardim dos eguns e ordenou a estes que não mais obedecessem a Nana, mas sim aquele moço que com ela vivia,ele próprio.

 Nana ao perceber o que acontecera, entrou em guerra com Oxalufã. Desistiu da guerra, porém porque estava apaixonada e aceitou a submissão da mulher ao homem e a instauração de uma nova ordem na sociedade.............continua capitulo 5

 


Comunhão, fé e coragem! Juntos irmãos de fé!

 

 Patricia Dandalunda Do Ilê Casa do Caboclo Urubatãn e Vó Maria do Rosário.

Nossa familia querida - Mukuiú N'Zambi


  Nanã   - capitulo 5

O mito do qual existem diversas versões, parece ilustrar mais uma vez o tema da diminuição do poder feminino em proveito do poder masculino, o que pode ser encontrado em outras lendas, tendo Ogum como protagonista numa guerra contra reinos onde imperava o matriarcado. Como os antropólogos  parecem admitir consensualmente que  a evolução da espécie humana já conheceu primordialmente

Uma fase básica de matriarcado, que foi substituída pelo patriarcado, concomitantemente ao surgimento da propriedade privada , este e outros mitos parecem encravar-se nesse período histórico, como representações poéticas e simplificadas dessa importante mudança social.

 Por isso a carga negativa da primitiva mulher que detinha o poder e foi, de certa forma , apeada do poder, foi concentrada em Nana, a mais antiga figura feminina, a que, segundo algumas lendas, gerou sozinha, sem homem algum, a primeira figura masculina e a primeira figura feminina não auto-suficiente – como que exorcisando esse poder feminino num orixá velho e desprovido de poder temporal deixando para os outros orixás femininos as formas mais submissas ou pelo menos dependentes do homem, mais adequadas a nova organização social.

 Como o poder era da matriarca, nada “comemora” tão claramente a submissão de uma cultura por outra que a transformação de sua divindade mais poderosa numa figura desagradável, presa ao que já teve mas que  

Foi gloriosamente confiscado pelos heróis de então, ou seja,   “ Mais um caso de história contada pelos vencedores”.

 Voltando a mesma lenda , Oxalá engana Nana para despojá-la de seu poder sobre os mortos e conseqüentemente sobre a vida e a morte dos seres viventes. Para isso , entretanto, pagou um pequeno preço: em função do disfarce que usou tem que vestir saia até o fim de seus dias.

 Nota-se portanto que a relação entre os dois sexos é apresentada  como uma trama de tramas dentro de tramas, onde não há a mínima confiança, cada um querendo sempre enganar o outro: Oxalá para ter o poder de Nanã , por sua vez querendo engravidar de Oxalá para formalizar seu vínculo com ele (uma  visão de finalidade da gravidez que em alguns casos dura até hoje) tentou de todas as formas ter relações com ele mas Oxalá não a queria.

 Teve, então, de usar de um subterfúgio: colocou coisas em sua comida , que deixaram Oxalá muito excitado e interessado nela. Como castigo a esse truque, porém nasceu Omulu-Obaluaiê, a versão mítica da proibição do incesto, já que Nana e Oxalá teriam o mesmo sangue. Omulu-Obaluaiê é o orixá da varíola, da doença, e seguindo algumas lendas, nasceu leproso, sendo imediatamente repudiado pela mãe, que o jogou numa lagoa , não querendo saber do filho mal formado.

 Desta maneira , mais do que um arquétipo de comportamento ou de uma atividade, a submissão de Nana Burukú representa o fim de uma era e a formação do esquema do papel social da mulher que atravessou séculos e perdura até hoje – apesar de estar sendo, nestes nossos tempos, mais questionado do que nunca. É a vitória do homem e de sua sociedade sobre a sociedade da mulher. Para ele ter poder, teve que roubá-lo. A sociedade daomeana, além de interessar  aos iorubas por suas riquezas, motivou também o expansionismo por questões ideológicas; uma sociedade patriarcal era subvertida pela convivência com uma completamente matriarcal..... continua capitulo 6.


Reunião Administrativa de Ogãs de Nosso Mapory em março de 2011

Projeções para 2011 - trilhas e caminhos


Mãe Pequena Patricia -  Babalaô Kaobi, Tatetu N'Goma Marcio  - Mamet'u Antonia D'Oxoce - Yabará D'Oyá - Dona Lourdes Mapory festa Ibegi


...naquela mesa tá faltando ele, e a saudade dele tá doendo em mim...


Festa 7 chaves - Mapory 2011

Mameto Antonia D'Oxossi - Pai Zé Luis D'Oxaguiã - Babalaô Kaobi Xapanã Buruku e filhos


          


 


Fundamento

Sem Humildade...

Sem Obediência...

Sem Sacrifício...

Não Existe Religião!
 
 

Contos IBEJI

 

Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos
que traziam sorte a todos.
Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles;
em troca, pediam doces balas e brinquedos.
Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia,
brincando próximos a uma cachoeira,
um deles caiu no rio e morreu afogado.
Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe.
O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer
e vivia chorando de saudades do seu irmão,
pedia sempre a Orumilá que o levasse para perto do irmão.
Sensibilizado pelo pedido,
Orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu,
deixando na terra duas imagens de barro. Desde então,
todos que precisam de ajuda deixam oferendas
aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.


Na África, as crianças representam a certeza da continuidade, por isso os pais consideram seus filhos sua maior riqueza. A palavra Ibeji quer dizer gêmeos. Forma-se a partir de duas entidades distintas que coexistem, respeitando o princípio básico da dualidade.
Entre as divindades africanas, Ibeji é o que indica a contradição, os opostos que caminham juntos. Ibeji mostra que todas as coisas, em todas as circunstâncias, têm dois lados e que a justiça só pode ser feita se as duas medidas forem pesadas, se os dois lados forem ouvidos.
Recomenda-se tratar os gêmeos de maneira sempre igual, compartilhando com muita equidade entre os dois tudo o que lhes for oferecido.
Quando um deles morre com pouca idade o costume exige que uma estatueta representando a criança falecida seja esculpida e que a mãe a carregue sempre. Mais tarde o gêmeo sobrevivente ao chegar à idade adulta cuidará sempre de oferecer à efígie do irmão uma parte daquilo que ele come e bebe. Os gêmeos são, para os pais uma garantia de sorte e de fortuna.
No Brasil, os Ibejis são sincretizados com os santos católicos Cosme e Damião, eles foram os primeiros santos a terem uma igreja erigida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco em 1535 e ainda existe. Os escravos adotaram os santos gêmeos católicos para festejar seus Ibejis ou Erês (que significa criança que gosta de oferendas).
As festas de Ibejis tiveram origem na Lei do ventre-Livre e desde daquela época até hoje, são servidos às crianças um aluá ou água com açúcar ( refrigerantes, brinquedos, doces, bolos no dia de hoje), bem como o caruru (prato à base de quiabo e dendê, tem origem na África, no culto da sociedade yorubá aos Ibeji) tradição da festa na Bahia seguido de muita fartura.

 

ÌBEJÌ - (O que um Orixá faz, ÌBEJÌ pode desfazer, mas o que um ÌBEJÌ faz nenhum Orixá desfaz!)


Ìbejì ou Ìgbejì , ibeji, erê, vunje, ou Nvunji, são cosme, são damião, são crispim e são crispiniano o que siguinifica caruru de são cosme no candomblé – é divindade gêmea da vida, protetor dos gêmeos.
Ìbejì ou Ìgbejì – é divindade gêmea da vida, protetor dos gêmeos (twins) na Mitologia Yoruba, identificado no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e iká.

Ìbejì é o Òrìsà dos gêmeos. Da-se o nome de Taiwo ao Primeiro gêmeo gerado e o de Kehinde ao último. Os Yorùbá acreditam que era Kehinde quem mandava Taiwo supervisionar o mundo, donde a hipótese de ser aquele o irmão mais velho. Cada gêmeo é representado por uma imagem. Os Yorùbá colocam alimentos sobre suas imagens para invocar a benevolência de Ìbejì. Os pais de gêmeos costumam fazer sacrifícios a cada oito dias em honra ao Òrìsà .
O animal tradicionalmente associado a Ìbejì é o macaco colobo, um cercopiteco endêmico nas florestas da África Equatorial. A espécie em questão é o colobus polykomos, ou "colobo real", que é acompanhado de uma grande mística entre os povos africanos. Eles possuem coloração preta, com detalhes brancos, e pelas manhãs eles ficam acordados em silêncio no alto das árvores, como se estivessem em oração ou contemplação, daí eles serem considerados por vários povos como mensageiros dos deuses, ou tendo a habilidade de escutar os deuses. A mãe colobo quando vai parir, afasta-se do bando e volta apenas no dia seguinte das profundezas da floresta trazendo seu filhote (que nasce totalmente branco) nas costas. O colobo é chamado em Yorùbá de edun oròòkun, e seus filhotes são considerados a reencarnação dos gêmeos que morrem, cujos espíritos são encontrados vagando na floresta e resgatado pelas mães colobos pelo seu comportamento peculiar.
Na África, as crianças representam a certeza da continuidade, por isso os pais consideram seus filhos sua maior riqueza. A preocupação com os sustento das crianças é freqüente entre os povos negros, haja a vista a miséria das cidades africanas e a situação do negro na escravidão e na diáspora. A palavra Igbeji que dizer gêmeos e o orixá Igbeji é o único permanentemente duplo. Forma-se a partir de duas entidades distintas que coexistem, respeitando o princípio básico da dualidade.
Contam os Itãs (conjunto de lendas e histórias passados de geração a geração pelos povos africanos), que os Igbejis são filhos paridos por Iansã, mas abandonados por ela, que os jogou nas águas. Foram abraçados e criados por Oxum como se fossem seus próprios filhos. Doravante, os Igbejis passam a ser saudados em rituais específicos de Oxum e, nos grandes sacrifícios dedicados à deusa, também recebem oferendas.
Entre os deuses africanos, Igbeji é o que indica a contradição, os opostos que caminham juntos a dualidade de todo o ser humano, Igbeji mostra que todas as coisas, em todas as circunstâncias, tem dois lados e que a justiça só pode ser feita se as duas medidas forem pesadas, se os dois lados forem ouvidos.
Na África, O Igbeji é indispensável em todos os cultos. Merece o mesmo respeito dispensado a qualquer Orixá, sendo cultuado no dia-a-dia. Igbeji não exige grandes coisas, seus pedidos são sempre modestos; o que espera como, todos os Orixás, é ser lembrado e cultuado. O poder de Igbeji jamais podem ser negligenciado, pois o que um orixá faz Igbeji pode desfazer, mas o que um Igbeji faz nenhum outro orixá desfaz. E mais: eles se consideram os donos da verdade.
Os gêmeos (Ibeji entre os Yorubas e Hoho entre os Fon) são objeto de culto. Não são nem Orixá e nem Vodun, mas o lado extraordinário desses duplos nascimentos é uma prova viva do princípio da dualidade e confirma que existe neles uma parcela do sobrenatural, a qual recai em parte na criança que vem ao mundo depois deles.
Recomenda-se tratar os gêmeos de maneira sempre igual, compartilhando com muita equidade entre os dois tudo o que lhes for oferecido. Quando um deles morre com pouca idade o costume exige que uma estatueta representando o defunto seja esculpida e que a mãe a carregue sempre. Mais tarde o gêmeo sobrevivente ao chegar à idade adulta cuidará sempre de oferecer à efígie do irmão uma parte daquilo que ele come e bebe. Os gêmeos são para os pais uma garantia de sorte e de fortuna.
Existe uma confusão latente entre o Orixá Igbeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade. O Erê é o intermediário entre a pessoa e seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exato entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos de seu deus. São duas divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Ao contrário dos erês, entidades infantis ligadas a todos os orixás e seres humanos, são divindades infantis, orixás-crianças.
Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc.
Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconseqüente; mas não se trata da mesma entidade, confundindo até mesmo como Orixá.

Nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam ser brincalhonas, sorridentes, irrequietas, tudo enfim que se possa associar ao comportamento típico infantil. Muito dependentes nos relacionamentos amorosos e emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinados e possessivos. Ao mesmo tempo, sua leveza perante a vida se revela no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em permanecer muito tempo sentado, extravasando energia.
Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo, à vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios simplistas como "gosta de mim" ou "não gosta de mim". Isso pode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade. Ao mesmo tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas. Como as crianças em geral, gostam de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas.
 

* Crianças na Umbanda
* Ibeji no Batuque
* Bêji no Xambá
A grande cerimônia dedicada a estes orixás acontece a 27 de setembro, dia de Cosme e Damião, quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto aos orixás como aos freqüentadores dos terreiros.
Ibeji na nação Keto, ou Vunji nas nações Angola e Congo. É o orixá Erê, ou seja, o orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância. Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exu, se não for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo. É o orixá que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independente do orixá que a criança carrega. Ibeji é tudo de bom, belo e puro que existe; uma criança pode nos mostrar seu sorriso, sua alegria, sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes. Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o vôo das aves, na beleza e perfume das flores. A criança que temos dentro de nós, as recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de uma felicidade, de uma travessura e você estará vivendo ou revivendo uma lenda desse orixá. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu em nossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos. A palavra Eré vem do yorubá, iré, que significa "brincadeira, divertimento". Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Ere(não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Ere é o intermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de iniciação, o Ere é de suma importância pois, é o Ere que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado. O Ere na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Ere é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Ere conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Ere” é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, “nome de iyawo” segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Panan.

Símbolos: 2 bonecos gêmeos, 2 cabacinhas, brinquedos;A grande cerimônia dedicada a Ibeji no Brasil acontece a 27 de setembro, dia de Cosme e Damião, ou São Crispim e Crispiniano, quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto a eles como aos freqüentadores dos terreiros.


Como conviver consigo mesmo?

Ou você fica entediado ou desfruta sua agradável companhia, não há como fugir desta condição, é preciso conhecer-se para poder desenvolver sua capacidade de se amar integralmente.

A solidão é inerentte à espécie humana, estar só não implica em rejeição ou abandono, tampouco a rejeição leva, necessariamente a rejeição.

momentos de solidão são inevitáveis e, por vezes podem ser bem vindos.

Cabe somente a você a ousadia de se encarar frente a frente, nossos Orixás são nossos indicativos, mas nosso odú está em nossas cabeças e mãos.


 

É preciso ser inteiro, procure seu caminho e descubra qual a sua identidade verdadeira, qual sua única e real verdade.Não tenha covardia nem mêdo de viver sua verdade, de um basta a hipocrisia e as máscaras , apenas seja quem você é..     Agindo assim um dia você será capás de  olhar frente a frente consigo mesmo e aliviado adormecer e despertar em paz.  Vivencie sua vida não a dos outros, não se projete na força e nem na valentia alheia, aprenda a exercitar a sua, elas estão ai e são suas ferramentas de vida, luta e fé. E lembre-se a vida fora da fé...é somente uma expectativa constante do nada!            Pai Kaobi


 

Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal.

Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados.

  Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros, retornará a você.


 

 

 

Melhor não viver que não amar.

 

Vamos falar pouco de inocência e sinceridade. As pessoas que mais nos influenciam, mais nos tocam, são aqueles que acreditam no que dizemos. Num ambiente de mútua suspeita, as pessoas se retraem.

Diante da inocência, porém, todos nós crescemos. Encontramos coragem e amizade junto de quem acredita em nós.

Quem nos entende, pode nos transformar.

É muito bom saber que, aqui e ali, ainda existem certas pessoas que não ficam ressentidas com o mal porque sabem a importância do bem que estão fazendo. Estas pessoas cresceram aos olhos dos homens e de Deus. Não temem a inveja ou a indiferença. Porque o Amor “não se ressente do mal”, vê sempre o lado bom, coloca o melhor de si para funcionar.

 

E, de novo, quem ama é quem sai ganhando, embora não procure nenhuma recompensa. Que maravilhosa é a vida daqueles que estão sempre na luz! Que estímulo, que bênção, passar um dia inteiro sem ressentir-se com qualquer mal.

Fazer com que as pessoas confiem em nós é estar muito perto do Amor. E só vamos conseguir isto se confiarmos nas pessoas. O pouco que os outros podem nos ferir por causa da nossa atitude inocente, não significa nada perto da alegria que vamos passar e sentir diante da vida. Não será mais necessário carregar pesadas armaduras, incômodos escudos, armas perigosas. A inocência nos protege.

Só podemos ajudar alguém, se nele confiarmos. Pois o respeito pelos outros termina fazendo com que recuperemos o respeito por nós mesmos.

Se acreditarmos que uma pessoa pode melhorar, e esta pessoa sente que a consideramos igual a nós mesmos, terá ouvidos para nossas palavras. Acreditará que pode se tornar uma pessoa melhor.

 

 “O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.” Chamei este ingrediente de sinceridade.

Aquele que sabe amar, ama a Verdade tanto quanto o seu próximo, Alegra-se com a Verdade - mas não com a verdade que lhe foi ensinada.

Não com a verdade das doutrinas.

Nem com a verdade das igrejas.

Nem com este ou aquele “ismo”.

Ele se alegra na Verdade. Busca a Verdade com uma mente limpa, humilde, e sem preconceitos ou intolerância - e acaba ficando satisfeito com o que encontra.

Talvez a palavra sinceridade não seja a melhor para explicar esta qualidade do Amor, mas não consigo encontrar nenhuma outra.

 Não estou falando da sinceridade que humilha o próximo, aquele que usa o erro dos outros para mostrar o quanto somos bons. O verdadeiro Amor não consiste em expor aos outros a sua fraqueza, mas aceitar tudo, alegrar-se ao ver que as coisas são melhores do que os outros disseram.

 Chega de analisar o Amor. Agora temos que nos esforçar para que todos estes ingredientes passem a fazer parte de nós mesmos.

Este deve ser nosso objetivo no mundo: aprender a amar.

A vida nos oferece milhares de oportunidades para aprender a amar. Todo homem e toda mulher, em todos os dias de usas vidas, têm sempre uma boa oportunidade de entregar-se ao Amor. A vida não é um longo feriado, mas um constante aprendizado.

E a mais importante lição que temos é: aprender a amar.

Amar cada vez melhor.

O que faz do homem um grande artista, um grande escritor, um grande músico?

amor..........

 


 Onde

 

Karimã D'Oyá

Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.

Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.

Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...

Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo,
a dor e a miséria total.

Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as
limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha
em seu próprio passo.

E que é inútil querer apressar o passo do outro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer,
pode ou consegue enxergar.

Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura.
 

                                                           Fernando Pessoa


Map

 

"Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e avareza, originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito."


Minhas orações serão sempre as suas grande mestre, que agora habita o Orun de nosso pai Oxalá.

Que nosso trabalho e dedicação sobreviva com os novos pela força de nossos Encantados.

saudades eternas...  Pai Kaobi


Aprende que há muito mais de seus pais em você do  que você supunha e que N'Zambi dá pra gente somente aquilo que a gente acredita, não aquilo que a gente pede.

Segue teu caminho, escreva sua vida nos anais do tempo em que estiveres forte e saudável.

É o que nos faz viver, nos faz acreditar que nas incertezas ainda temos em nós lucidez e sabedoria ancestral para  superarmos nossos maiores medos e temores.

Saravá

laroyê Exú Mojubá!


Eparrey bela Oyá


Escolhas Cotidianas...

 

Não existem regras ou modelos que funcionem como parâmetros para decidir entre uma coisa e outra.Cabe a cada um construir os valores que guiarão suas escolhas, sejam parâmetros científicos, sociais ou religiosos.

No entanto, se por um lado somos totalmente responsáveis por nossas opções, por outro, é preciso considerar os impactos dessas decisões.

Penso que seria aceitável, considerar o meio termo, sem sofrer pelo excesso ou pela falta, entendo que meio termo seja a justa medida, a reta razão, que sacramentará então o equilibrio até então buscado.

E como se chega a essa justa medida?

se chega por meio das consequencias de nossas ações e do quanto taos consequências podem afetar de fato a tudo e a todos os que nos cercam, a começar por nós mesmos.

A lei da ação e reação é o indicativo de que a única coisa que permanece estática sem sofrer consequencias é o que não foi dito nem feito em nossas vidas, o restante pulsa e pulsará sempre independente de nossa maior ou menor vontade.

Porntanto siga o caminho, escolha através da leitura dos sinais que estão vivos e sempre sendo enviados pelos nossos encantados(Orixás,Inkices,Ancestrais), faça sua jornada e tenha consciência sempre dos efeitos da causa.

 

Babalaô Kaobi Xapanã Buruku


"Nós não observamos aquilo que chamamos de feio, observamos somente aquilo que chamamos de belo."

Antes de qualquer coisa, volte-se a si mesmo, procure sinais  que possam indicar os caminhos de seu interior, da sua morada pessoal onde residem as forças que estarão buscando sintonia com seus orixás e guias protetores (Eguns Ancestrais).

Seja você mesmo dentro de seu terreiro, agindo assim você expandirá sua capacidade de ser quem você é verdadeiramente, e com isso realmente poderá vir a acontecer os acertos necessários para sua própria convivência com o exterior, com o mundo, com esse ayê.

Kaobi 


Nosso desafio maior....nossa esperança..nosso filho.

Que Xangó o carregue em seus braçõs e nos traga até nossa amada Nanã Buruquê para que ela o embale em seu colo cósmico e infinito, meu filho a sua dôr compartilhamos e a sua esperança nos enche de fé a espera-lo de peito e coração abertos.

Estamos juntos , minhas orações serão sempre as suas amado Sami Sabará D'Xangó!


 


Tatetu N'goma Marcio D'Xoroquê  - Patricia Dandalunda D'Oxum

Seriedade e respeito a tradição.

"Somos fiéis escudeiros filhos de fé do terreiro propagando a luz do amooooor!"


 Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...

Que já têm a forma do nosso corpo ...

E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos

mesmos lugares ...

 

É o tempo da travessia ...

E se não ousarmos fazê-la ...

Teremos ficado ... para sempre ...

À margem de nós mesmos...

 (Fernando Pessoa)

 


Alafia - Laorê Exu 7 chaves - Saluba Nanã

sete chaves chegou ôô

sete chaves chegou aqui

sete chaves firmou ôô

sete chaves firmou o Mapory

 

E vem de longe

vem de longe                       

laroiê ô

 

descruzou o ponto e cantou

e riscou a pemba e firmou

Laroiê Mojubará

Mojubará ôô                  

atôtô kéekerê

Kéekerê ô 


Mestre pai Hamadhés do Nilo

Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no minímo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.  

Fernando Pessoa


Comunicado

Provérbios - Umbundu - Angola

Provérbios - Umbundu - Angola
    Provérbios compõem parte importante da literatura oral de Angola - e têm natureza pedagógica e filosófica.   Um provérbio carrega sempre dois sentidos - literal e conotativo. Traz também uma lição, a síntese subjacente ao significado das palavras e de que se parte para a extração...

—————

Carta de Paulo aos Corintios.

Carta de Paulo aos Corintios.
  Paulo escreveu aos coríntios:   “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.   Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé,...

—————

Coragem !

Coragem não é ausencia de mêdo...mas capacidade de reagir a ele. Quem percorre um caminho espiritual carrega consigo um código de honra a ser cumprido.

—————

—————

Retorno das Giras 2011

Retorno das Giras 2011
No dia 23/01/2011 Domingo estaremos realizando a primeira Gira do ano em nosso Mapory, será gira de Legbaras e Bombogiras.a partir das 15hs, serviremos ageum aos convidados para juntos festejarmos nosso novo ano-ciclo.. Em breve estaremos divulgando nosso calendário Lunar Anual de...

—————


 O ATO DE BATER CABEÇA


O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.

Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.
Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento.
Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás, guias e entidades que são representadas tanto pelo congá ou congar, como por pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques), e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.
A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, função de doutrina e fundamentos próprios.


Admiração respeito e reconhecimento.

Minhas orações serão sempre as suas minha mãe criadeira...


 

Adê – Ofilá

Rostos cobertos –

 

Das coroas (adê) da realeza nagô, pendia uma cortina de franjas de miçangas (imbé). O povo não podia ver os rostos dos reis e rainhas … a face da realeza não era acessível aos mortais (os reis tinham origem divina).

 O imbé é um paramento também usado por muitos orixás (representa a  realeza cósmica).


 

  

UMA CIÊNCIA CHAMADA JUREMA

A Jurema era denominada originalmente de CAATIMBÓ (fumaça do cachimbo) hoje em dia não se usa, pois, o termo foi deturpado e é generalizado como a feitiçaria e bruxaria malefício.

A ciência, para o discípulo de jurema é uma sabedoria que toda pessoa possui e que foi dada por Deus, mas que esta adormecida na maioria das pessoas, quando a pessoa desperta essa sabedoria adormecida, através de rituais de confirmação, consagração, encimentação se diz que essa pessoa tem ciência.

Essa ciência permite ao Juremeiro entrar em contato com o mundo invisível e desse contato promover significantes modificações em destinos e auxiliar a modificações nos destinos de outras pessoas, tais como: restabelecer a saúde, prosperidade financeira, felicidade amorosa e desenvolvimento da espiritualidade que cada pessoa possui em sua essência.

O Juremeiro vê além da forma material que as coisas possuem. Ele sabe que todas as coisas e acontecimentos possuem a sabedoria divina e passa a aprender conscientemente a lidar com elas obtendo a chamada felicidade interior.

“O chão, os rios, as lagoas, as fontes de águas, as matas, os animais, a chuva, o vento, o mar, o ar que respira, o alimento que ingere, os” antepassados, e as pessoas vivas são sagrados para o juremeiro.

Um autêntico juremeiro se torna uma seta no caminho das pessoas indicando uma vida melhor no meio de tanta contradição que existe no mundo. Não interfere na vida das pessoas, mas quando é solicitado pode colaborar no bem estar que as pessoas procuram.

O que simboliza o caatimbó é a arvore jurema, que para os catimbozeiros é um símbolo de força e de energia e poder.

Da árvore jurema se retira sementes para encimentação de novos discípulos, o tronco para levantar no mundo material a representação do mestre do invisível e prepara com a raiz uma bebida de força chamada, dependendo do lugar de AJUCÁ, CAUIM, JUREMA, MESTRE, e CIÊNCIA.

Origem da Jurema Catimbó:

A Jurema Catimbó é uma religião que surgiu nas regiões das matas de Pernambuco, Recife, Olinda, Paraíba, Alagoas e Bahia. As crenças Indígenas se misturaram com os Kilombos e a pratica de rituais pagãos portugueses e o Catolicismo. Pesquisadores afirmam que esta tradição chega atingir 400 anos de Idade.

Falar sobre a reconstrução da Jurema e Catimbó, é um pouco mais complicado. Os Mestres Juremeiros, contam que Jurema é uma coisa, e o Catimbó é outra, são coisas totalmente distintas, com o passar dos anos estas duas práticas se uniram, formando assim a Jurema Catimbó como é conhecida em todo o nosso Brasil.

A Jurema tem sua raiz na Pajelança, onde só os Mestres Juremeiros (Espíritos) baixam, são espíritos encantados dos Nativos (Indígenas), Caboclos descendentes de Índios com o Branco, e os Mamelucos (mistura de brancos com negros ou Nativos), todos trabalham em nome do Astral superior, trabalham para o bem, realizando benzessões e curas miraculosas.

Jurei, Jurei,
Jurei Torno a Jurar (bis)
Jurei por toda Jurema.
Jurei torno a jurar
Jurei por toda jurema de Nunca fazer o Mal


 

O Catimbó segundos os mais antigos, era uma prática de magia pagã portuguesa. Existia transe de alguns Mestres Juremeiros e Mestres da Magia que faziam o bem e o Mal, coisa proibida dentro da Jurema. Faziam trabalhos de Amor, derrota de inimigos e todo tipo da arte negra.

Mestres nos contam que se antigamente você fosse, em uma sessão de Jurema e fala-se que você era Catimbozeiro, dava até briga. Seria como se o bem e o mal estivessem juntos, obviamente viria a pergunta o que você esta fazendo aqui...

Com o passar dos anos estas duas práticas distintas se unificaram, hoje em dia não tem como falar de Jurema sem falar do Catimbó, e vice versa.

 

 
A Influência da Pajelança Juremeira, Cultura Nativa Brasileira, dentro da Jurema Catimbó:

Graças ao nosso bom Deus, tive a oportunidade de estar aprendendo a Jurema Catimbó assim como a Pajelança Juremeira e o Tore de forma muito pura. O meu encontro com o Pajé Cacique Takai da Tribo kariri-Xoco do Pátio do Colégio de Alagoas, confirma a origem da Jurema Catimbó, as Tribos Indígenas assim como os Negros dos Kilombos, se embrenhavam nas matas fugidos dos colonizadores que queriam escravizar e recapturar os índios e negros.

Por muitos séculos, a Jurema Catimbó assim como outras manifestações religiosas e culturas eram praticadas dentro da mata, às escondidas, por causa da perseguição da Policia por questões Políticas e Religiosas.

Após muitos esforços, dos Iniciados Mestres Juremeiros, as primeiras tendas Juremeiras se instalaram nas casas dos fieis, que bravamente brigavam pelo direito de praticar sua religião, para facilitar a prática elementos da Religião Católica como Santos foram inseridos nos cultos de origem Juremeira Nativa.

Começou a se criar a necessidade de trazer o elementos da natureza para lugares fechados, dos Kilombos ou da cultura Africana vieram técnicas de preparar os Troncos de Jurema para os assentamentos ou firmeza dos Mestres Espirituais Juremeiros. Começa então a baixar os primeiros Mestres Juremados de descendência Africana, ou mestiços dentro das Tendas de Jurema Catimbó. A Bruxaria Portuguesa e Italiana também aporta no Brasil, como estas artes mágicas eram praticadas dentro das matas, as Bruxas e Bruxos Europeus acabaram se integrando aos perseguidos Nativos, Africanos e seus descendentes, trazendo elementos desta antiga e primitiva arte para junto da Jurema e Catimbo.

A Tradição Juremeira também adentra nos Candomblés de Pernambuco, que ficaram sendo conhecidos como Candomblé de Caboclo, e comum também, os Candomblés de Nagô, Xangô e Angola, tocarem seus tambores e fazerem festas para Caboclo, tamanha é a influência e a amizade que os ancestrais dos negros escravos fizeram com os Nativos Brasileiros, reconhecendo sua força, brilho e sabedoria. Muitos Babalorixas e Yalorixas também são iniciados na Jurema Catimbo, receberam Juremação (iniciação). Foi através desta amizade que também os sacerdotes de cultos Afros, conseguirarm adaptar muitas ervas que só existem em África dentro dos Cultos Afro-Brasileiros.

Se molda assim a Tradição Juremeira Catimbo, a união de varias culturas, esta bonita mistura do nosso belo povo. Tem um Linho (cânticos) que mostra bem a sabedoria popular dos praticantes desta Seita Religião.

Eita, Eita Jurema
Eita, Eita Jurema (bis)
Seja branco
Seja Negro
A Jurema é Sagrada
No Tore na Pajelança
Aprendi a Respeitar
No Reino da malandragem
Do Anjico do Juca
Pedra Grande Mais que Grande
No Reino do Fundo Do Mar
Eita, Eita Jurema
Eita, Eita Jurema (bis)

 Os vários Significados da Jurema Sagrada:

Jurema é um Pau Sagrado
onde Jesus descansou,
da força a ciência ao bom mestre Curador

Ramificações da Jurema

 Segundo José Francisco Miguel Henriques Bairrão, da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - USP a Jurema possui muitas ramificações:


 Jurema é uma árvore. A sua identificação botânica, permanece relativamente indefinida. Pertence aos gêneros Mimosa, Acácia e Pithecellobium (Sangirardi Jr, 1983, citado por Grünewald, 1999a), existem outras denominações populares de várias árvores de Jurema (Preta, Branca, Vermelha, etc.).

Jurema é uma bebida. Extraídas de partes especificas da arvore de Jurema, nem sempre as mesmas (as mais referidas são a Mimosa tenuiflora e a Mimosa verrucosa), obtém-se um líquido de uso religioso e medicinal. As fórmulas do seu preparo, os tecidos vegetais utilizados e as dosagens, assim como a combinação com outros ingredientes, são variáveis. O segredo do preparo da bebida de Jurema Sagrada tem uma variação de um Mestre Juremeiro para outro.


Jurema é uma cerimônia religiosa (diversamente celebrada por índios ou caboclos) , aonde os bebem a Jurema Sagrada e comungam a bebida. Às vezes distinguida como uma religião específica no complexo cenário da espiritualidade brasileira, mais comumente o culto da Jurema apresenta-se difuso em práticas religiosas nas quais pode ter um papel mais ou menos central: Pajelança, Toré, Catimbó, Umbanda, Candomblé de Caboclo, Nago etc.

Jurema é uma "entidade" espiritual que se manifesta no transe de adeptos dessas religiões. Ou uma classe, um tipo de "entidades", havendo muitas Juremas. A Jurema que se manifesta nesses cultos pode caracterizar-se de maneira bastante variada em diferentes práticas e em diversos núcleos da mesma religião. Às vezes, a sua caracterização pode ser diversa no mesmo núcleo, ou até mesmo Juremas diversas podem incorporar na mesma médium.

Jurema também pode ser o local de culto e oração: a mesa da Jurema Catimbo ou o "congá" Umbandista. Alguns Candomblés principalmente o de Caboclo e Nagô, tem um canto reservado para a pratica da Jurema Catimbó.



Jurema é o "mundo espiritual de onde provêm os encantados (espíritos muito evoluídos, que não fazem mais parte do proscesso de reencarnação) que se manifestam nas sessões.

Jurema é o "plano espiritual" dos espíritos cultuados na difusa "espiritualidade brasileira", que se apresentam como índios.

Jurema é uma índia metafísica. Atende pelo nome de Jurema uma apresentação antropomórfica do sagrado florestal. Em rituais, convivem, a bebida e a "cabocla" do mesmo nome. Una ou duas?

Jurema pode ser uma "linha". A "linha" das "caboclas de Oxossi" (antropomorfoses femininas de epifanias florestais, "encantos da mata"). É uma e múltiplas.

A linha da Jurema pode não se restringir à "falange" de "espíritos da mata femininos". Há "espíritos masculinos" que são juremeiros.
Não obstante sertaneja e planta, a Jurema é hoje associada a caboclas da água e especialmente do mar (conforme o som "juremar" e a significância da cor comum ao oceano e à mata).

Jurema é um objeto. Pintura ou estatueta de uma índia, com traços que podem variar - as suas apresentações icônicas estão longe de serem tratadas como meras representações - na prática ritual, podendo receber a atenção, cuidado e respeito devidos à própria "realidade".

Mas a sua imagem não necessariamente se corporifica em objeto material. Pode ser aparição objetivamente percebida por "videntes", com a mesma qualidade da percepção de uma pessoa comum, como pode igualmente surgir como uma "imagem mental" parecida com as cenas oníricas, dela se distinguindo por acontecer em vigília e por outros sinais que variam bastante de informante para informante (eventos concomitantes como cantos de pássaros ou vôos de borboletas, nitidez da imagem, "avisos" e "confirmações" etc.).

Jurema é uma cidade. A cidade da Jurema, uma cidade do Além. Mas muito concretamente a cidade da Jurema pode consistir numa coleção de copos e taças com diversas bebidas que, com fins rituais, se assentam na "mesa da Jurema"; bem como pode ser uma juremeira (árvore) ou um juremal.

Jurema é a mata. A cidade da Jurema pode alargar-se do juremal à totalidade e variedade da floresta, no seu conjunto.

Jurema é um tronco (de juremeira).

 Um galho que ritualmente marca um ponto de sacralidade no lugar do culto. Mas o tronco do juremal também é o lugar de onde vêm os caboclos e mestres do seu culto, o que é literalmente verdadeiro: mais do que uma figura de linguagem, a Jurema ingerida comumente é preparada a partir da casca do tronco (ou da casca da raiz).

Nos pontos, reitera-se assiduamente que a Jurema é um "lugar" de onde se vem ou para onde se vai. Vários pontos cantados o expressam, preservando uma ambigüidade significativa do outro como eu: Eu venho de longe, do tronco do juremal. Quem vem? O caboclo índio étnico? O praticante do culto que realiza o ritual? O "guia" que "incorpora"? O Outro ou eu? Como a Jurema poderia representar-se, se se indetermina o sujeito relativamente ao qual ela se objetivaria?

Essas árvores, troncos e espiritualidade também são um sinal diacrítico da identidade étnica indígena.

A Jurema é um traço significante que delimita o "ser" índio. No século XX, a perpetuação do seu culto (depois de meio milênio de perseguições) passou a ser um modo de reconhecer a etnia e processos de aculturação se inverteram em processos de etnogênese. Não apenas o Serviço de Proteção ao Índio (antecessor da FUNAI) o adotou como critério de reconhecimento de comunidades indígenas (o que paradoxalmente incentivou a preservação ou reinvenção do uso, a fabricação de tradições), como remanescentes de tribos indígenas competem entre si para se demarcar do culto caboclo e para preservar o segredo e afiançar a fidelidade dos seus ritos à origem, assegurando-se uma "pureza" étnica (Grünewald, 1999b).

Quimicamente, a Jurema (Mimosa tenuiflora) apresenta um alcalóide da família dos alucinógenos indólicos (Carlini & Masur, 1989; Graeff, 1984). Mas a dimensão de sacralidade do seu consumo passa ao largo da descrição bioquímica dos seus efeitos e ambas são incompatíveis e verdadeiras à sua maneira. Por um lado, nem sempre as dosagens e os modos de consumo ritual que "abrem os encantos" seriam capazes de explicar as alterações de consciência por eles provocadas. Por outro, quando se examina a Jurema por uma perspectiva estritamente simbólica, descobre-se que os pretensos símbolos universais nela envolvidos são realmente significáveis a partir de procedimentos muito particulares e de ações rituais, neurofisiologicamente eficientes.

Historicamente, o uso indígena da Jurema não foi meramente ritual e religioso. Perseguida pela piedade romana enquanto meio de cura, a Jurema foi tolerada quando ingerida em ocasiões de guerra (Andrade & Anthony, 1998). Os juremeiros são também guerreiros, histórica e miticamente falando e, certamente, não é à toa que, na sua versão antropomórfica, a Jurema possa se fazer acompanhar de flecha e bodoque.

Mesmo entre as comunidades indígenas que a empregam diacriticamente como seu distintivo, a "pureza" étnica professada manifesta-se sincreticamente. A palavra anjucá significaria "anjo cá" e o vinho da Jurema seria o verdadeiro sangue de Cristo, pois quando foi derramado teria sido guardado junto a um pé de Jurema (Grünewald, 1999a).""

Bastide (1945/2001) relata que os poderes associados à Jurema e que a distinguem das outras árvores são atribuídos pelos catimbozeiros ao fato de a Virgem, na fuga para o Egito, ter escondido o menino Jesus numa juremeira. A árvore "guarda" a Sagrada Família (Brandão & Rios, 2001) e, entre as mais importantes "falanges de espíritos" que a acompanham, incluem-se os caboclos do Rei Salomão (Carlini, 1993).

A Pajelança Jurema Nativa possui um conhecimento e uma tradição Milenar, segundo o Natavo Taki Cacique Pajé da Tribo Kariri Xoco, os seus ancestrais possuem esta cultura e religião, esta crença acompanha seu povo a milenios.


Mametu Antonia D' Oxoce - Babalaô Kaobi Xapanã Buruku.

Confraternização dos filhos da Mãe  Umbanda em dezembro de 2010.


"Dentro de cada um de nós há um outro que não conhecemos. Ele fala conosco por meio dos sonhos." (Carl Jung)

Segundo a psicanálise  o sonho é um meio pelo qual o inconsciente procura alertar a consciência para o que ela não percebe ou não quer aceitar, e tenta, por compensação, equilibrar a psique, a totalidade de fenômenos psíquicos. Os sonhos trazem à tona os complexos e sugerem alternativas para a consciência, cujo centro é o ego(ser), realizar o que a pessoa é potencialmente. Ou seja, os sonhos são avisos.

Os sonhos são  mensageiros de complexos. anexo a nossa consciência imediata existe um segundo sistema psíquico, de natureza coletiva, universal e impessoal, que se revela idêntico em todos os indivíduos. Povoando esse inconsciente coletivo há os arquétipos (imagens primordiais ou símbolos, impressos na psique desde o começo dos tempos e, a partir de então transmitidos à humanidade inteira).

A mãe, o pai, a criança, a anima, o animus, o herói, a sombra, com seus temas associados, são exemplos de tais arquétipos, representados mundialmente em mitos, histórias infantis e sonhos. As mensagens arquetípicas nos sonhos conferem uma forma definida a determinado conteúdo psíquico do inconsciente e quase sempre assumem imagens simbólicas.

A psique coletiva, que é uma seleção de arquétipos de um povo numa dada época de sua história, molda a psique individual (a personalidade de cada um de nós). Todavia, no fundo, a coletiva é a exteriorização das individuais. Desse modo, a psique coletiva e a individual existem numa relação dialética.

"Dentro de cada um de nós há um outro que não conhecemos. Ele fala conosco por meio dos sonhos." (Carl Jung)

Desde as mais remotas épocas, os homens procuram entender as mensagens ou os significados desses fenômenos intrigantes e misteriosos que são os sonhos.

O que tem variado, ao longo do tempo, é a importância atribuída e a compreensão que se tem deles. Se os sonhos são vistos como série de imagens que aparecem sem sentido para a personalidade do sonhador ou se são encarados como mensagens do além, isso demonstra apenas diferentes interpretações, as quais refletem o status ou a valorização dados a eles.

Uma das funções dos sonhos é, justamente, contrabalançar a racionalidade do pensamento verbal com um pensamento em imagens e símbolos.

Sua lógica é afetiva, figurativa. Não é linear, cartesiana, mas dramática, mitológica.

O sonho é importante por indicar inter-relações não sabidas, mas existentes.

 Mesmo que pareça fugaz, já que escapa à captação e a retenção na memória, ele mobiliza impressões profundas que não podem ser transmitidas verbalmente, mas que permeiam e deixam sua marca em nós.

 Aquilo que em uma primeira observação parece estranho, ilógico, pode, em um exame mais cuidadoso e meticuloso, revelar seu significado e importância no desenvolvimento normal e em seus distúrbios.

Nossa vida e nossa história se constroem nos dias em que estamos acordados e nas noites em que dormimos e sonhamos.

A psique diurna, consciente, e a psique noturna, inconsciente, apesar de diferentes, se completam para o todo que somos. Por meio dos sonhos estabelecemos uma comunicação com esse lado noturno, em geral desconhecido, mas não menos vivo e atuante.

O exame cuidadoso de um sonho mostra que sua configuração não é arbitrária. Sua linguagem é precisa em sua forma pictórica, simbólica. Na medida em que vamos compreendendo essas inter-relações, obtemos um vislumbre de sua coerência e lógica afetiva. Vamos ampliando nossa consciência. Saímos do plano da lógica habitual para abertura para as imagens, emoções, símbolos, enfim, para os aspectos não-racionais da alma.

Os sonhos estão relacionados tanto à nossa saúde psíquica quanto física.

 Freqüentemente, afecções corporais parecem constituir a dramatização dos conflitos psíquicos, ou questões vitais se manifestam no corpo, por falta de outros meios de expressão. Corpo e psique estão interligados ou, como diz Jung : "A psique e a matéria são aspectos diferentes de um único todo".

 Como expressão simbólica do processo vital, o sonho tem implicações profundas e elevadas, para o físico e para o espiritual, para o corpo e para a psique. Ele pode ser um aliado valioso para a compreensão dessas interligações. Pode nos fornecer o mapa para a compreensão simbólica de sintomas psicossomáticos e, por vezes, de sua resolução.

 “ O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente."           (Sigmund Freud)

Pode constituir, assim, uma chave preciosa para nosso autoconhecimento e bem-estar.

 


    Seu Zé Pelintra - Patricia Dandalunda

Festa do seu Sete 2011


 

“Duvi­dar de tudo ou crer em tudo. São duas solu­ções igual­mente cômo­das, que nos dis­pen­sam ambas de refle­tir.“

Entre disse me disse as vezes caimos num abismo silencioso e traiçoeiro, é preciso estar vigilante...como nos ensinam nossos Orixás...eternos vigilantes do tempo.    kaobi Xapanã Burukú 

 

  Nas questões de fé e sistemas de crença, a retidão é um requisito absoluto. Sem justiça, a fé só tende a ser fanática.    Se o objeto de sua crença - seja uma lei ou um objeto de adoração - é errôneo, sua fé é incorreta.

 

Porém, nós não temos que nos preocupar com isso

Para nós, o único problema que pode surgir é distinguir entre fé correta e fanatismo.

O que se torna problemático quanto à questão do fanatismo, é que pode ocorrer mesmo quando baseamos na Lei Mística.

 Pode não haver argumento de que a umbanda seja perfeita. Porém, por mais capazes que possamos ser, há sempre um limite para as nossas habilidades. Não posso deixar de crer que o fanatismo inicia-se da arrogância de que somos absolutamente corretos e que não temos necessidade de ouvir o que os outros têm a nos dizer.

“Podemos enxergar os sinais iniciais de fanatismo em uma pessoa que arbitrariamente interpreta os companheiros e os outros, baseados em interesses próprios e em preconceitos.” 

Esses indivíduos são polidos e possuem línguas hábeis. Devido a fé manifestar-se na vida diária e tudo refletir a presença de Deus (N’Zambi), as pessoas que desconhecem a prática do bom senso e que causam problemas aos outros estão também dando o primeiro passo em direção ao fanatismo.

 

Nós não podemos agir dessa forma.

 

 Para nós a fé correta é enfrentar o que quer que possa acontecer e, pelo próprio bem, agir e praticar corretamente em meio às realidades da vida e de acordo com os ensinamentos que vamos recebendo a cada dia em nossa amada Umbanda.

Claro que isso somente poderá acontecer nos momentos que que estivermos dispostos a ouvir e a compartilhar de reflexão as mensagens que são trazidas vivas pelos nossos guias. 

 

Não pode haver fé incorreta entre aqueles que acreditam na Lei verdadeira, porém, pode haver fé fanática.

 

Se uma pessoa possui uma fé correta ou uma fé fanática, isso pode ser visto no comportamento dessa pessoa.

 Um indivíduo que se comporta de forma anti-social ou que carece de bom senso em suas palavras e atitudes, causando problemas aos outros, não é uma pessoa de fé correta. Este é o comportamento de alguém cuja fé é fanática.

O que importa é a conduta da pessoa - em outras palavras, como deve-se viver de fato como um ser humano.

 

 É através da vida real que a grandeza da Lei da umbanda é validada. Não importa que belas coisas possam dizer ninguém acreditará em suas palavras se suas vidas forem uma confusão completa.

 

Para ser mais específico, A lei de Deus (N’zambi) está viva somente na característica da pessoa, em sua vida e em seu comportamento.

Este é precisamente o motivo de estarmos profundamente conscientes da realidade que buscamos, aperfeiçoando e avançando rumo ao estado natural de nossa fé, orando pela nossa própria felicidade e pela de outras pessoas.

Esta é a razão da prática Umbandista.

 Vamos sempre lutar para desenvolver a fé de forma sadia e assim conduzir corretamente nossas vidas.

 

Se você  é um faná­tico ou não ?

Só você pode solu­ci­o­nar esta questão.


17 Novembro 2010

É sempre um grande privilégio encontrar seres que consideram seriedade, humildade e  amor, seus maiores instrumentos para a prática de nossa amada Mãe Umbanda!

 


 

 Obsessão

Na obsessão o espírito apenas dá a idéia de fazer alguma coisa, e a pessoa com seu livre arbítrio decide se faz ou não. O obsessor projeta o desejo e você exerce o seu livre arbítrio.

A obsessão é causada também porque nós estamos com afinidade com aquela faixa vibratória. A culpa do encosto é também nossa, não dá para culpar apenas o espírito.

Assim sendo, nós podemos até ser limpos no momento em que estamos no terreiro, mas, depois que saímos de lá, rebaixamos nossa faixa vibratória e a obsessão volta como antes.

 No fundo o teu espírito é quem aceitou a idéia, você não é possuído, é um espírito que te incentiva, cabendo a você seguir os conhecimentos adquiridos na Umbanda e trabalhar o seu interior não permitindo ser dominado.

Existem vários fundamentos realizados justamente para que esses espíritos não prejudiquem os trabalhos ou as pessoas que ali se encontram.

Isso é um dos motivos de se firmar a Tronqueira, Despachar, Defumações e ainda banhos de defesa.

Não podemos esquecer também que as Entidades trazem ao nosso conhecimento os problemas com obsessões. Como fazem isso? Justamente fazendo com que se manifeste em algum médium da casa.

Ainda existem aqueles espíritos que se instalam naquele memento na casa de santo para aprender e evoluir.

Portanto embora existam ótimos fundamentos para afastar as negatividades também existe a necessidade de trazê-las à tona, para nosso conhecimento. Assim podemos fazer algo para livrarmos de tal negatividade.

Quando você está com um obsessor você começa a sentir o que o espírito sente. Mas se você percebe que é um espírito você não se deixar influenciar. Muitas vezes o espírito nem sabe que está causando algum mal. É normal uma pessoa desencarnar e querer ficar com a família por amor e hábito, causando a eles muitas inconveniências.

 Possessão

Na possessão o espírito domina e toma conta da pessoa. São verdadeiros animais. Na possessão a vontade é única do espírito dominador.

Casos raríssimos de se constatar, em situações extremas somente com o ritual do exorcismo adequado a ser encaminhado, cada caso será sempre um caso diferenciado.

 


Espiritualidade e espiritualidades

A espiritualidade é uma dimensão da pessoa humana que traduz, segundo diversas religiões e confissões religiosas, o modo de viver característico de um crente que busca alcançar a plenitude da sua relação com o transcendental. Cada uma das referidas religiões comporta uma dimensão específica a esta descrição geral, mas, em todos os casos, se pode dizer que a "espiritualidade" «traduz uma dimensão do homem, enquanto é visto como ser naturalmente religioso, que constitui, de modo temático ou implicito, a sua mais profunda essência e aspiração».

Ela é a relação natural do homem com Deus. Pessoas espiritualizadas são aquelas que compreendem que são espíritos, feitos muito mais do que de matéria. A Espiritualidade não está diretamente ligada com nenhuma religião em específico, representando assim qualquer ligação do ser humano com seu criador. É diferente de religião, pois não apresenta dogmas ou crenças em específico, sendo assim sinônimo de libertação. Representa, também, o desapego com os bens materiais e com pessoas. O maior objetivo de todas as pessoas é o amor incondicional, desapegado e sem críticas ou julgamentos

Espiritualidade é um estado de consciência; é reconhecer em si a Vida, e a mesma Vida em tudo e em todos. É consciência não-condicionada pela mente. É consciência livre da mente, para ser o que é: não aquilo que pensamentos e crenças dizem ser.

As palavras em um ensinamento espiritual apenas apontam para o estado de consciência essencial do ser humano.

Alcançado esse estado de consciência, o ser humano vive a vida na Terra a partir dessa liberdade, expansividade e mestria sobre a realidade interna e externa, pois está alinhado com a essência daquilo que o criou: a vasta inteligência criativa que permeia e dá Vida a todo o Universo.

Religião

A Religião (do latim: "religio" usado na Vulgata, que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar") pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que parte da humanidade considera como sobrenatural, divinosagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças.,

 


 

Religiões


“Para mim, as diferentes religiões são lindas flores, provenientes do mesmo
jardim. Ou são ramos da mesma árvore majestosa. Portanto, são todas
verdadeiras”.

A frase que você acabou de ler foi dita por uma das mais importantes
personalidades do século vinte: o Mahatma Gandhi.

Veja quanta sabedoria nas palavras do homem que liderou a independência da
Índia sem jamais recorrer à violência!

Nos tempos atuais, são raros os que realmente têm uma posição como a de
Gandhi, que manifestava um profundo respeito pela opção religiosa dos
outros.

Muitas pessoas acreditam que sua religião é superior às demais. Acreditam
firmemente que somente elas estão salvas, enquanto todos os demais estão
condenados.

Pouquíssimas pensam na essência da mensagem que abraçam, já que estão muito
preocupadas em converter almas que consideram perdidas.

E, no entanto, Deus é Pai da Humanidade inteira. Todos nós temos a
felicidade de trazer, em nossa consciência, o sol da Lei Divina. Ninguém
está desamparado.

De onde vem, então, essa atitude preconceituosa, exclusivista, que nos
afasta de nossos irmãos?

Vem de nosso pensamento limitado e ainda egoísta. Quase sempre o homem
acredita que tem razão.

Imagina que suas opiniões, crenças e opções são as melhores. Você já notou
que a maior parte das pessoas acha que tem muito a ensinar aos outros?

É que, em geral, as pessoas quase não se dispõem a ouvir o outro: falam sem
parar, dão opiniões sobre tudo, impõem sua opinião.

São almas por vezes muito alegres, expansivas, que adoram brincar. Chamam a
atenção pela vivacidade, pelos modos espalhafatosos, pelas risadas
contagiantes e pelas conversas em voz alta.

Mas são raras as vezes em que param para escutar o que o outro tem a dizer.
São como crianças um tanto egoístas, para quem o Mundo está centrado em si
ou na satisfação de seus interesses.

É uma atitude muito semelhante a que temos quando acreditamos que o outro
está errado, simplesmente por ser de uma religião diferente. É que não
conseguimos parar de pensar em nossas próprias escolhas.

Não estudamos a religião alheia, não nos informamos sobre o que aquela
religião ensina, que benefícios traz, quanta consolação espalha.

Se estivéssemos envolvidos pelo sentimento de amor incondicional pelo
próximo, seríamos mais complacentes e mais atentos às necessidades do outro.

E então veríamos que, na maioria dos casos, as pessoas estão muito felizes
com sua opção religiosa.

A nossa religião é a melhor? Sim, é a melhor. Mas é a melhor para nós.

É óbvio que gostamos de compartilhar o que nos faz bem. Ofertar aos outros a
nossa experiência positiva é uma atitude louvável e natural.

Mas esse gesto de generosidade pode se tornar inconveniente quando
exageramos.

Uma coisa é ofertar algo com espírito fraternal, visando o bem. Mas
diferente quando desejamos impor aos demais a nossa convicção particular.

Se o outro pensa diferente, respeite-o! Ele tem todo o direito de fazer
escolhas. Quem de nós lhe conhece a alma? Ou a bagagem espiritual, moral e
intelectual que carrega?

Deus nos deu nosso livre arbítrio e o respeita. Por que não imitá-Lo?

Enquanto não soubermos amar profundamente o próximo, respeitando-lhe as
escolhas, não teremos a atitude de amor ensinada por todas as religiões e
pelos grandes Mestres da Humanidade.

 


 

Não deixe que seu amor se prenda às coisas do mundo. Nada que o mundo contém vale a dedicação e o tempo de uma alma imortal. A alma imortal deve entregar-se a algo que é imortal.

E as únicas coisas imortais são “a fé, a esperança e o amor”.

Alguns podem dizer, inclusive, que duas destas coisas também passam: a fé, quando sentimos e vivemos a presença de Deus, e a esperança, quando é satisfeita e preenchida.

Mas, com toda certeza, o Amor continuará presente.

 

“No final de nossa jornada, não será levado em conta o que fizemos, em que acreditamos que conseguimos.”

E a grande pergunta do ser humano não será: “Como eu vivi?”

Será, isto sim: “Como amei?”


 

  Procure ver o mundo como um grande aprendizado de Amor, e não fique lutando contra aquilo que acontece em sua vida. Não reclame por precisar estar sempre atento, ser obrigado a viver em ambientes mesquinhos, cruzando com almas pouco desenvolvidas.

Esta foi a maneira que Deus encontrou para você praticar.

E não se assuste com as tentações. Não se surpreenda com o fato de elas estarem sempre à sua volta, e não se afastarem - apesar de tanto esforço e tanta prece. É desta maneira que Deus trabalha sua alma.

 

Tudo isto o está ensinando a ser paciente, humilde, generoso, entregue, delicado, tolerante. Não afaste a Mão que esculpe sua imagem, porque esta Mão também mostra o seu caminho.

Esteja certo de que você está ficando mais belo a cada minuto que passa – e, embora não perceba, dificuldades e tentações são as ferramentas utilizadas por Deus.

Lembre-se das palavras de Goethe: “O talento se desenvolve na solidão; o caráter no rio da vida.”

O talento se desenvolve na solidão; a prece, a Fé, a meditação, a visão clara da vida.

Mas o caráter só pode crescer se fizermos parte do mundo.

Porque é no mundo que aprendemos a Amar.


Contacto

Templo de Umbanda Ilê Mapory Axé Burukú Casa de Mestre Xamacuã

Rua Antenas 97 Vila Califórnia São Paulo Brasil

11 2856 0926


 


 

Só podemos ajudar alguém, se nele confiarmos.

Pois o respeito pelos outros termina fazendo com que recuperemos o respeito por nós mesmos.

Se acreditarmos que uma pessoa pode melhorar, e esta pessoa sente que a consideramos igual a nós mesmos, terá ouvidos para nossas palavras. Acreditará que pode se tornar uma pessoa melhor.

 

 


 

Conceito de religião

 

 Dentro do que se define como religião pode-se encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É fato que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demonios. As religiões costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte. A maior parte crê na vida após a morte.

A religião não é apenas um fenômeno individual, mas também um fenómeno social. A igreja, o povo escolhido (o povo judeu), o partido comunista, são exemplos de doutrinas que exigem não só uma fé individual, mas também adesão a certo grupo social. Atentem, por exemplo, às perseguições do Partido Comunista Chinês à seita Falun Gong. O Partido Comunista Chinês entende que a religião não seja necessária à sociedade chinesa.

A idéia de religião com muita frequência contempla a existência de seres superiores que teriam influência ou poder de determinação no destino humano. Esses seres são principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir várias categorias: anjos, demônios, elementais, semideuses, etc.

Outras definições mais amplas de religião dispensam a idéia de divindades e focalizam os papéis de desenvolvimento de valores morais, códigos de conduta e senso cooperativo em uma comunidade.

.Ateísmo é a ausência de crença em qualquer tipo de deus, muitas vezes se contrapondo às religiões teístas.

.Agnosticismo é a postura filosófica que afirma ser impossível saber racionalmente sobre a existência ou inexistência de deuses e sobre a veracidade de qualquer religião teísta, por falta de provas favoráveis ou contrárias.

.Deísmo é a crença na existência de um Deus criador, mas questiona a idéia de revelação divina.

Algumas religiões não consideram deidades, e podem ser consideradas como ateístas (apesar do ateísmo não ser uma religião, ele pode ser uma característica de uma religião). É o caso do budismo, do confucionismo e do taoísmo.

Recentemente surgiram movimentos especificamente voltados para uma prática religiosa (ou similar) da parte de deístas, agnósticos e ateus - como exemplo podem ser citados o Humanismo Laico e o Unitário-Universalismo. Outros criarão sistemas filosóficos alternativos como August Comte, fundador da Religião da Humanidade.

 As religiões que afirmam a existência de deuses podem ser classificadas em dois tipos: monoteísta ou politeísta.

.As religiões monoteístas (monoteísmo) admitem somente a existência de um único deus, um ser supremo.

.As religiões politeístas (politeísmo) admitem a existência de mais de um deus.

Atualmente, as religiões monoteístas são dominantes no mundo: judaísmo, cristianismo e Islão juntos agregam mais da metade dos seres humanos e quase a totalidade do mundo ocidental.

A Fé Bahá'í é uma religião monoteísta.

 

A religião segundo The Economist

Em 23 de dezembro de 1999 em seu número especial por ocasião da mudança do milênio publicou uma nota necrológica de Deus, agora vem confessar que agiu precipitadamente. Num longo noticiário de 3 de novembro de 2007 reconhece que contra o prognóstico laicista ou secularista, a fé sobrevive e vem dando mostras, nos últimos anos, de uma energia renovada e com influência cada vez maior nos assuntos do planeta. Conclui que para um político ou estadista seria um erro muito perigoso ignorar ou legar a um segundo plano a religião.

 A temática em torno de religião e sobre Deus também tomou conta do debate político nos Africa em 2010 e ganhou espaço na campanha eleitoral, candidatos são obrigados a responder perguntas sobre religião e se vêm compelidos a participar de cultos.

 

 

Características das religiões

 Peregrino islâmico no Masjid Al-Haram em Meca, Arábia Saudita.

Embora cada religião apresente elementos próprios, é também possível estabelecer uma série de elementos comuns às várias religiões e que podem permitir uma melhor compreensão do fenomeno religioso.

As religiões possuem grandes narrativas, que explicam o começo do mundo ou que legitimam a sua existência. O exemplo mais conhecido é talvez a narrativa do Genesis na tradição judaica e cristã.

 Quanto à legitimação da existência e da validade de um sistema religioso, este costuma apelar a uma revelação ou à obtenção de uma sabedoria por parte de um fundador, como sucede no budismo, onde o Buda alcançou a iluminação enquanto meditava debaixo de uma figueira ou no Islão, em que Muhammad recebeu a revelação do Corão de Deus.

O Muro das Lamentações em Jerusalém, Israel, um dos lugares mais sagrados para o Judaísmo.As religiões tendem igualmente a sacralizar determinados locais. Os motivos para essa sacralização são variados, podendo estar relacionados com determinado evento na história da religião (por exemplo, a importância do Muro das Lamentações no judaísmo) ou porque a esses locais são associados acontecimentos miraculosos (santuários católicos de Fátima ou de Lourdes) ou porque são marcos de eventos religiosos relacionados à mitologia da própria religião (monumentos megalíticos, como Stonehenge, no caso das religiões pagãs).

Na antiga religião grega, os templos não eram locais para a prática religiosa, mas sim locais onde se acreditava que habitava a divindade, sendo por isso sagrados.

Templo mórmon. As religiões estabelecem que certos períodos temporais são especiais e dedicados a uma interacção com o divino. Esses períodos podem ser anuais, mensais, semanais ou podem mesmo se desenrolar ao longo de um dia. Algumas religiões consideram que certos dias da semana são sagrados (Shabat no judaísmo ou o Domingo no cristianismo), outras marcam esses dias sagrados de acordo com fenômenos da natureza, como as fases da lua, na religião Wicca, em que todo primeiro dia de lua cheia esbat é considerado sagrado.

 As religiões propõem festas ou períodos de jejum e meditação que se desenvolvem ao longo do ano.

 

 História do estudo da religião

As primeiras reflexões sobre a religião foram feitas pelos antigos Gregos e Romanos. Xenofonte relativizou o fenomeno religioso, argumentando que cada cultura criava deuses à sua semelhança. O historiador grego Heródoto descreveu nas suas Histórias as várias práticas religiosas dos povos que encontrou durante as viagens que efetuou. Confrontado com as diferenças existentes entre a religião grega e a religião dos outros povos, tentou identificar alguns deuses das culturas estrangeiras com os deuses gregos.

O sofista Protágoras declarou desconhecer se os deuses existiam ou não, posição que teve como consequências a sua expulsão de Atenas e o queimar de toda a sua obra.

Crítias defendeu que a religião servia para disciplinar os seres humanos e fazer com que estes aderissem aos ideais da virtude e da justiça. Júlio César e o historiador Tácito descreveram nas suas obras as práticas religiosas dos povos que encontraram durante as suas conquistas militares.

Nos primeiros séculos da era atual, os autores cristãos produziram reflexões em torno da religião fruto dos ataques que experimentaram por parte dos autores pagãos. Estes criticavam o fato desta religião ser recente quando comparada com a antiguidade dos cultos pagãos. Como resposta a esta alegação, Eusébio de Cesareia e Agostinho de Hipona mostraram que o cristianismo se inseria na tradição das escrituras hebraicas, que relatavam a origem do mundo. Para os primeiros autores cristãos, a humanidade era de início monoteísta, mas tinha sido corrompida pelos cultos politeístas que identificavam como obra de Satanás.

Durante a Idade Média, os pensadores do mundo muçulmano revelaram um conhecimento mais profundo das religiões que os autores cristãos. Na Europa, as viagens de Marco Polo permitiram conhecer alguns aspectos das religiões da Ásia, porém a visão sobre as outras religiões era limitada: o judaísmo era condenado pelo fato dos judeus terem rejeitado Jesus como messias e o islão era visto como uma heresia.

O Renascimento foi um movimento cultural e artístico que procurava reviver os moldes da Antiguidade.

Assim sendo, os antigos deuses dos gregos e dos romanos deixaram de ser vistos pela elite intelectual e artística como demonios, sendo representados e estudados pelos artistas que os representavam. Nicolau de Cusa realizou um estudo comparado entre o cristianismo e o islão em obras como De pace fidei e Cribatio Alcorani. Em Marsílio Ficino encontra-se um interesse em estudar as fontes das diferentes religiões; este autor via também uma continuidade no pensamento religioso. Giovanni Pico della Mirandola interessou-se pela tradição mística do judaísmo, a Cabala.

As descobertas e a expansão européia pelos continentes tiveram como consequência a exposição dos europeus a culturas e religiões que eram muito diferentes das suas. Os missionários cristãos realizaram descrições das várias religiões, entre as quais se encontram as de Roberto de Nobili e Matteo Ricci, jesuítas que conheceram bem as culturas da Índia e da China, onde viveram durante anos.

Em 1724 Joseph François Lafitau, um padre jesuíta, publicou a obra Moeurs des sauvages amériquains comparées aux moeurs des premiers temps na qual comparava as religiões dos índios, a religião da Antiguidade Clássica e o catolicismo, tendo chegado à conclusão de que estas religiões derivavam de uma religião primordial.

Nos finais do século XVIII e no início do século XIX parte importante dos textos sagrados das religiões tinham já sido traduzidos nas principais línguas européias. No século XIX ocorre também a estruturação da antropologia como ciência, tendo vários antropólogos se dedicado ao estudo das religiões dos povos tribais. Nesta época os investigadores refletiram sobre as origens da religião, tendo alguns defendido um esquema evolutivo, no qual o animismo era a forma religiosa primordial, que depois evoluía para o politeísmo e mais tarde para o monoteísmo.

 

 Abordagens disciplinares

 O estudo científico da religião é actualmente realizado por várias disciplinas das ciências sociais e humanas. A história das religiões, nascida na segunda metade do século XIX, estuda a religião recorrendo aos métodos da investigação histórica. Ela estuda o contexto cultural e político em que determinada tradição religiosa emergiu.

A Sociologia da Religião analisa as religiões como fenomenos sociais, procurando desvendar a influência dela na vida do indivíduo e da comunidade. A Sociologia da Religião tem como principais nomes Emile Durkheim, Karl Marx,Ernst Troeltsch, Max Weber e Peter Berger.

A Antropologia, tradicionalmente centrada no estudo dos povos sem escrita (embora os seus campos de estudo possam ser também as modernas sociedades capitalistas), desenvolveu igualmente uma área de estudo da religião, na qual se especulou sobre as origens e funções da religião. John Lubbock, no livro The Origin of Civilization and the Primitive Condition of Man apresentou um esquema evolutivo da religião:

Do ateísmo (entendido como ausência de idéias religiosas), passa-se para o xamanismo, o antropomorfismo, o monoteísmo e finalmente para o monoteísmo ético. Esta visão evolucionista foi colocada em questão por outros investigadores, como E.B. Taylor que considerava o animismo como a primitiva forma de religião.

A Fenomenologia da Religião, que deriva da filosofia fenomenológica de Edmund Husserl, tenta captar o lado único da experiência religiosa. Utiliza como principal método científico a observação, explicando os mitos, os símbolos e os rituais.

Ela procura compreender a religião do ponto de vista do crente, bem como o valor dessas crenças na vida do mesmo. Por estas razões evita os juízos de valores (conceito de epoje ou abandono de qualquer juízo de valor).

Os principais nomes ligados à Fenomenologia da Religião são Nathan Soderblom, Garardus van der Leeuw, Rudolf Otto, Friedrich Heiler e Mircea Eliade.]

Classificação geográfica das religiões

Esta classificação procura agrupar as religiões com base em critérios geográficos, como a concentração numa determinada região ou o facto de certas religiões terem nascido na mesma região do mundo. As categorias mais empregues são as seguintes:

Religiões do Médio Oriente: judaísmo, cristianismo, islamismo, zoroastrismo, fé bahá'í;

Religiões do Extremo Oriente: confucionismo, taoísmo, budismo mahayana e xintoísmo;

Religiões da Índia: hinduísmo, jainismo, budismo e siquismo;

Religiões africanas: religiões dos povos tribais da África Negra;

Religiões da Oceania: religiões dos povos das ilhas do Pacífico, da Austrália e da Nova Zelândia;

Religiões da Antiga Grécia e Roma.

Esta classificação não se refere à forma como tais religiões estão distribuídas hoje pela Terra, mas às regiões onde elas surgiram.

Fundamenta-se no fato de que as religiões paridas em regiões próximas mantém também proximidades em relação aos seus credos, por exemplo: as religiões nascidas no Oriente Médio em geral são monoteístas e submetem seus crédulos a forte regime de proibições e obrigações, sempre se utilizando de ameaças pós-mortem como a do inferno cristão.

Já as religiões nascidas no Oriente Distante são ou politeístas ou espiritualistas (não pregam a existência de nenhum deus, mas acreditam em forças espirituais) e são mais flexíveis quanto suas normas morais.

 

A distribuição atual das religiões não corresponde às suas origens, já que algumas perderam força em suas regiões nativas e ganharam participação em outras partes do planeta, um exemplo básico é o cristianismo, que é minoritário no Oriente Médio (onde surgiu) e majoritário em todo o Ocidente e na Oceania (para onde migrou). Há ainda o caso das religiões greco-romanas que dominaram a Europa por séculos mas hoje são religiões mortas, provavelmente sem nenhum seguidor vivo em todo o planeta.

 

A religião no mundo contemporâneo

Este mapa mostra as religiões predominantes que caracterizam cada país no mundo. Em muitos casos, duas religiões com extensões de difusão semelhante, na mesma área, são representadas por uma textura listrada que alterna tanto as cores associadas com os dois sistemas religiosos (em inglês).

Desde os finais do século XIX, e em particular desde a segunda metade do século XX, o papel da religião, bem como seu número de aderentes, se tem alterado profundamente.

Alguns países cuja tradição religiosa esteve historicamente ligada ao cristianismo, em concreto os países da Europa, experimentaram um significativo declínio da religião. Este declínio manifestou-se na diminuição do número de pessoas que frequenta serviços religiosos ou do número de pessoas que desejam abraçar uma vida monástica ou ligada ao sacerdócio.

Em contraste, nos Estados Unidos, na América Latina e na África subsariana, o cristianismo cresce significativamente; para alguns estudiosos[quem?] estes locais serão num futuro próximo os novos centros desta religião.

 O islão é atualmente a religião que mais cresce em número de adeptos, que não se circunscrevem ao mundo árabe, mas também ao sudeste asiático, e a comunidades na Europa e no continente americano.

O hinduísmo, o budismo e o xintoísmo tem a sua grande área de influência no Extremo Oriente, embora as duas primeiras tradições influenciem cada vez mais a espiritualidade dos habitantes do mundo ocidental.

A Índia, onde cerca de 80% da população é hindu, é um dos países mais religiosos do mundo, ficando em segundo lugar após os Estados Unidos. As explicações para o crescimento das religiões nestas regiões incluem a desilusão com as grandes ideologias do século XIX e XX, como o nacionalismo e o socialismo.

Percentagem de cidadãos por país que consideram a religião "muito importante".

Por outro lado, o mundo ocidental é marcado por práticas religiosas sincréticas, ligadas a uma "religião individual" de cada um faz para si e ao surgimento dos chamados "novos movimentos religiosos". Embora nem todos esses movimentos sejam assim tão recentes, o termo é usado para se referir a movimentos neocristãos (Movimento de Jesus), judaico-cristãos (Judeus por Jesus), movimentos de inspiração oriental (Movimento Hare Krishna) e a grupos que apelam ao desenvolvimento do potencial humano através por exemplo de técnicas de meditação (Meditação Transcendental).

Também presente na Europa e nos Estados Unidos da América é aquilo que os investigadores designam como uma "nebulosa místico-esotérica", que apela a práticas como o xamanismo, o tarot, a astrologia, os mistérios e cuja atividades giram em torno da organização de conferências, estágios, revistas e livros.

Algumas das características desta nebulosa místico-esotérica são as centralidades do indivíduo que deve percorrer um caminho pessoal de aperfeiçoamento através da utilização de práticas como o ioga, a meditação, a idéia de que todas as religiões podem convergir , o desejo de paz mundial e do surgimento de uma nova era marcada por um nível superior de consciência.

 

 

Número de adeptos por religião

(Segundo Adherents.com)[8]

Cristianismo :                          2100 milhões

Islão:                                      1500 milhões

Ateus/agnósticos/sem religião: 1100 milhões

Hinduísmo:                              900 milhões

Religiões tradicionais africanas: 100 milhões

Espiritismo:                             15 milhões (Cristãos)

Fé Baha'i:                                7 milhões

Jainismo:                                 4,2 milhões

Sem religião:                           769 milhões

Religião tradicional chinesa:    405 milhões

Protestantismo:                       375 milhões

Cristianismo Ortodoxo:            220 milhões

Anglicanismo:                          80 milhões

Cristãos independentes:          430 milhões

Budismo:                                 379 milhões

Sikhismo:                                25 milhões

Judaísmo:                               15 milhões

Novas religiões:                       108 milhões

 

 

Almanaque de pesquisas e estudos Mapory vol 4
Kaobi Xapanã Buruku

 


Axé axelém nosso amado e inesquecivel tatêto Ngoma

Que pai Oxalá e nossa amada Nanã Buruquê sempre confirmem seus caminhos!

E que saiba sempre que em nossa tradição o respeito é mais forte que o tempo.

Minhas orações serão sempre as suas.

Babalaô Kaobi Xapanã Buruku

Mukuiú N'Zambi!

 


 

Ensinamento


O que a borboleta nos transmite é a arte da transformação.Arte porque precisamos aprender a saber utilizar nossos dons e aptidões naturais para conhecer e saber o momento que estamos vivendo e com isso,descobrir em que fase do processo estamos e o que fazer a seguir para realizar o todo.
Ovo, lagarta e borboleta, como saber? Como entender? Como transformar e viver cada uma dessas etapas?

O estágio do ovo é quando você está começando algo,tendo uma idéia,quando algo brota,surge de algum ponto de dentro de você mas ainda não tem fundamentos nem vida própria para se sustentar.

O estágio da larva é o ponto onde decide criar condições para que essa idéia definitivamente se desenvolva.Autoconfiança e determinação são fundamentais nessa etapa.

O seguinte,o da lagarta,já tendo tomado uma forma,já contendo vida,é necessário se envolver com esse ideal a ponto de determinar como vai querer que ele se concretize.

O final,a borboleta,é a fase da cristalização,da concretização e do nascimento do desejo realizado,a idéia manifestada com cores,formas,peso, volume e sentimento das ações anteriores.Se prestarmos atenção,perceberemos que esse é um processo contínuo,que pode se encaixar em todas as situações da nossa vida.

(Autor desconhecido)


Não use suas incertezas pra atacar as certezas dos outros

Aquele que rejeita suas raizes e seu passado cósmico, na verdade rejeita a sí mesmo.

Na verdade, todos deveriam ser orientados e cultivar uma vida espiritual, ter uma crença, uma compreensão além da matéria, pois facilitaria muito caso houvesse uma eclosão repentina da mediunidade. Muitos adolescentes passam por provações espirituais, como transtornos de humor, que se agravam com as oscilações hormonais, com picos descontrolados de alegria e tristeza, baixa autoestima, orgulho, raiva, apatia, etc. Se as portas da sua mediunidade estão abertas, eles poderão ficar à mercê de entidades hipnotizadoras e vampirizadoras.

O despertar da mediunidade, pode ocorrer em tenra idade, onde não é incomum a criança que seja feliz, e em família equilibrada, ter experiências visuais, ver amigos familiares espirituais, mesmo conversar com eles, ou ter lembranças vívidas da última encarnação, citando nomes, datas, até em outra língua que não a sua atual de origem.

Estas crianças, provavelmente não encontrarão amparo na medicina convencional, sentindo-se mais confortáveis com terapias complementares e vitalistas, como a Homeopatia, Acupuntura, Florais, Cromoterapia, Reiki e outras. Com certeza também serão muito aliviadas com passes, água fluidificada, e, além disso, seria conveniente acompanhá-las, se possível com a conjunta orientação dos pais quanto à necessidade de manter-se a firmeza e disciplina moral, para que a espiritualidade protetora possa atuar de forma mais abrangente.

Bem orientada, uma criança com fortes dons mediúnicos conseguirá lidar com isso, Aos poucos percebendo que as outras crianças ao redor, não têm as mesmas interações, e a partir dos 7 anos geralmente isso se ameniza, podendo aflorar novamente na adolescência ou em qualquer momento da vida adulta.
Outras crianças, porém, cuja mediunidade se manifesta cedo, podem estar em lares desequilibrados ou seus familiares pertencem a religiões radicais em relação a fenômenos espirituais, ou suas vivências podem não ser agradáveis, através de visões que causam medo, ou constantes adoecimentos.

Geralmente na maioria dos casos, crianças com mediunidade (um bom exemplo foi Chico Xavier)nascem em lares conflituosos, com pais desorientados, onde esses seres são provados à todo momento. Isso quase sempre acontece, porque estas pessoas encarnam numa condição expiatória, missionaria ou probatória. Em apenas raros casos, iluminados, nascem no conforto e nos palácios ou numa família bem estruturada como nasceu Sidarta o Buda. Quase sempre nascem em famílias pobres como aconteceu com o Cristo.

No entanto cada Era é um ciclo cósmico dominante. Agora em nossa Era, muitas crianças são especiais, e que por ter muita estrutura, familias voltadas ao consumismo e materialismo apenas, acabam se desvirtuando, caindo nos laços das drogas. Assim não cumprem sua missão espiritual.

Ações super-protetoras, até piedade e excesso de condescendência podem agravar o quadro, ao contrário de mais disciplina e bom senso. Muitos jovens se perdem porque se tornam joguetes de verdadeiras gangues espirituais e ninguém percebe. Allan Kardec já avisava que somos muito mais influenciados pelo mundo espiritual do que possamos sequer imaginar.

Podem sofrer muitos desacertos na vida e terminam em dizer que não são agraciados pela sorte. Sabemos que especialmente aqueles que têm de andar nas fileiras umbandistas, são dos mais solicitados e sofrem bastante quando decidem não seguir os chamados das Forças dos Orixás.

Aqueles que tiveram uma formação moral e religiosa sólida estarão muito mais fortalecidos para compreender e combater em si estas tendências obsessivas, fruto por sua vez, de verdadeiras obsessões vindas de outros planos. E em outras ocasiões, os pais conseguem o discernimento para buscar ajuda espiritual, quando notarem que as atitudes do (a) filho (a) estão fugindo o controle.

Mediunidade não é um castigo, nem faz ninguém especial ou diferenciado. Todos têm em menos ou maior grau, porém para alguns, seria conveniente desenvolvê-la na atual encarnação, para poder dar prosseguimento em sua caminhada, resgatar dívidas, corrigir erros e aperfeiçoar seu aprendizado, sua sensibilidade e seus sentimentos d’alma.

Há também aqueles que conhecem sua mediunidade, estão conscientes dela e de quanto seria importante desenvolvê-la em prol da caridade ao próximo e resgate de suas próprias faltas passadas, mas, no entanto, porque não querem assumir compromissos, se acham jovens e com a vida pela frente, ou consideram-se já assoberbados pelo mundo material, alegam não ter condições ou tempo, para umas poucas horas semanais em um Centro Espírita , Terreiro de Umbanda, ou Igreja.

É preciso saber que mediunidade não é espetáculo, não é leitura de sorte, previsão de futuro, trabalhos encomendados, modificar o destino das pessoas, comandar o bem e o mal, ultrapassar o livre arbítrio de quem quer que seja. A trajetória pessoal de um médium é constante e nunca termina. ]

Sempre haverá necessidade de burilamento, de harmonia com os mentores e guias, muitas e muitas situações onde haverá testes, em muitos dos quais se fracassa e fica a lição dolorosa. Mas deve-se prosseguir sempre, com uma imperiosa necessidade de se despir do orgulho, egolatria, desejos.

Os médiuns que se deixam encantar por falsos espíritos elevados, vão vibrando cada vez mais baixo, acabando por afastar os espíritos de verdadeira Luz… Não estamos fazendo apologia à fuga do jovem ao desenvolvimento da mediunidade. Pelo contrário, as palavras são fruto da necessidade de fazer um alerta, mostrando que tem de ser guerreiro, com coragem, desprendimento, sobretudo Fé e Compreensão que é o caminho da Caridade, da Paciência, do Estudo, do Burilamento e Conquista do Eu, que na verdade vai conduzir à verdadeira Felicidade e Bem Estar!

Cada um aprende suas lições quanto a isso, chegando à conclusão que cada um tem o que precisa o que plantou e vibrou não necessariamente o que se deseja. Infelicidade e depressão hoje em dia é muito fruto disso. Excessiva oferta de coisas, sonhos e atitudes, os quais na sua maioria, não são atendidos, e logo já aparecem outros tantos. Se não estiver provido de Equilíbrio, Auto conhecimento e Objetivos é certo a instalação de depressões e outras prisões espirituais, que muitas vezes envolvem irmãos que certamente não querem que o Bem prevaleça.

O estudo mais importante para o buscador é estudar a si mesmo, antes de estudar o mundo e as filosofias espirituais. Pois, sem a compreensão necessária de si mesmo e do ambiente onde ele existe tudo fica mais difícil de ser compreendido. Outra coisa que o ser iluminado precisa compreender e ensinado é que nem tudo pode ser visto apenas pelos olhos carnais. Aliás, pouco do que é importante é percebido pelos olhos fisicos. Temos que ter a sensibilidade de perceber não só energias, mas, também as mensagens dos nossos Mestres interiores, nossos guias, protetores e Ancestrais. Aquele que rejeita suas raizes e seu passado cósmico, na verdade rejeita a sí mesmo.



 

Babalaô Kaobi, Sr Paulo D'Xangô, Tateto N'Goma Márcio

Gira de Caboclos maio 2011


 

Escolhas cotidianas.

 

Não existem regras ou modelos que funcionem como parâmetros para decidir entre uma coisa e outra. Cabe a cada um construir os valores que guiarão suas escolhas.

No entanto, se por um lado somos totalmente responsáveis por nossas opções, por outro, é preciso considerar os impactos dessas decisões.

Penso que seria aceitável, considerar o meio-termo, sem sofrer pelo excesso ou pela falta.

Entendendo por meio-termo a justa medida, a reta razão.

E como se chega a esse meio-termo, essa justa medida?

Somente por meio do conhecimento das consequências de nossas ações e do quanto tais consequências podem afetar a tudo e a todos que nos cercam.

 


UM MONGE NO TERREIRO

- Sri Sevananda Swami visita a Umbanda.

O grande mestre Sri Sevananda Swami, monge, yogue, químico, filósofo, iniciado em várias correntes esotéricas do Oriente e do Ocidente, percorreu centenas de quilômetros em um trailer no Brasil.
Tudo começou em julho de 1952, quando o mestre visitou inúmeras cidades e vilarejos, sempre levando a boa palavra e o carinho de um coração sem fronteiras.


Escreveu o livro “Yo que caminé por el mundo”, o qual contém a síntese de sua doutrina pessoal que reeditado em português por seus discípulos no Brasil, mais tarde. Suas inúmeras aventuras e as atividades das principais sociedades, fraternidades e ordens espiritualistas e Iniciáticas.


Num interessante capítulo intitulado “Umbanda!”, ele conta sua  experiência em alguns terreiros da Umbanda brasileira. 
A palavra deste Guru é inestimável, sobretudo hoje em dia,

 Aqui traduzo e transcrevo algumas observações do mestre:


- “Em outra reunião...(Terreiro de Umbanda), estavam várias pessoas, quando cheguei com um discípulo que me rogou para assistir e dar minha opinião. Estava falando, por um médium, porém de forma completamente natural e consciente..., um caboclo.
O ensinamento que dava era interessante, a linguagem pitoresca, bem ao nível dos ouvintes, e muitas analogias usadas denotavam extremo engenho e grande capacidade de manejar as aplicações do ensinamento.

 Sentado em meu canto, esperava algo especial, intuído.  Entre os presentes eu não era conhecido, e ninguém podia julgar, por minha aparência, meu modo de ser ou pensar.
Chegando até mim, o caboclo me saudou em sua linguagem típica, me observou com largueza, levantando-se então de um modo altivo, quase hierático e com tom, pronúncia e linguagem totalmente diferentes..., me disse que iria virar a casaca e passou a comentar minhas atividades de modo notável por vários motivos:


1) Falava manejando o simbolismo astrológico, cabalístico, mágico e místico, com mui notável cabedal de conhecimento e precisão de expressão.


2) Colocava em destaque, de forma muito discreta, porém com alusões claras, todas as minhas atividades visíveis e ocultas, assim como me deu a solução de alguns assuntos que me preocupavam e a indicação futura de acontecimentos, que se cumpriram depois ao pé da letra”.


E o grande Guru ainda acrescenta:
“Considero, pois, um dever, dizer o seguinte para a orientação de meus discípulos e do leitor em geral:


O movimento de Umbanda é com toda evidência uma nova operação de comando do Invisível, que vendo no Brasil a grande influência africana..., acharam que se fazia necessário para todo um setor da população, algo mais mágico, mais animado e menos religioso que o espiritismo...”.


E Sri Sevananda Swami termina de modo magistral:


“Recomendamos, isto sim, olhar sempre com atenção o que fazem seus adeptos, pois existe muito que aprender...”.


O Swami não era espírita e nem entusiasta do espiritismo. Ele não conhecia a Umbanda ou as tradições afro-brasileiras.


Porém, como mestre verdadeiro que era, além de um homem de mente aberta, tranquila e profundamente lúcida, deu mostras de autêntica tolerância, diálogo inter-religioso e amor incondicional.  Atitude muito diversa de certos sacerdotes e leigos que por pura vaidade e egoísmo ainda tem muito por aprender para se tornarem mestres.


Esses mesmos também perseguiriam este querido mestre, difamando sua fé, apedrejando seu trailer, interrompendo suas palestras e aulas de yoga!
Triste sinal dos tempos.

Faço das palavras de meu irmão de fé e grande Sacerdote Edmundo Pellizari as minhas e acentuo meu desejo de que  Sri Sevananda Swami, agora mergulhado nos doces e longos braços de N’Zambi, nos ajude a levantar bem alto o estandarte da caridade paz e justiça.


Savará ! Namastê!

 


 A filosofia não tem uma resposta definitiva, mas propõe uma busca e, assim, desempenha um papel transformador na vida das pessoas.

A pratica religiosa sadia, não aponta uma resposta definitiva, mas proporciona ao filho de fé oportunidades de transpor a muralha do pensar e caminhar no campo do agir.

 


       Salubá Nosso Encantado das Aguas Nanã Buruquê! !


  DROGAS

- Quem precisa de auxílio?

É  importante dizer que apenas pessoas com uma real dependência química devem procurar um tratamento especializado. Consumidores ocasionais e experimentais não precisam de um tratamento específico, pois ainda controlam a vontade de se drogar.
Se entende por dependente químico, pessoas que fazem uso regular e constantemente de qualquer tipo de substância química, ilegal ou não. Dentre as mais comumente usadas estão o álcool, o fumo, a maconha e a cocaína. Além do crack, anfetamina, heroína, ecstasy etc…
Um fator decisivo para que uma pessoa consiga se recuperar da Dependência quimica é o fato de ela estar de acordo com o tratamento. Se o dependente não concorda que precisa de ajuda, ou não quer largar as drogas, não adianta levá-lo em uma clínica, pois assim que ele sair, provavelmente vai usar de novo, e em muitos casos, em quantidades ainda maiores!

- Quais os tipos de Tratamento de drogas existentes?

Existem tantos tipos e muitas correntes de tratamento para recuperação de dependentes químicos, entre elas tratamento médico; grupos de autoajuda (do tipo Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos); terapias cognitivas e comportamentos; comunidades terapêuticas; psicoterapias; etc…

Nenhum método pode haver cem por cento de eficácia com todos os tipos de dependência e dependentes. Cada um se adapta melhor em um tipo de metodologia. Normalmente, usuários de drogas leves, como o álcool e a maconha, por exemplo, conseguem se recuperar em tratamentos terapêuticos e em grupos de autoajuda, pelo fato que sua dependência é psicológica e não física.
Entretanto deve-se destacar que a abordagem medica psicológica (que associam ao mesmo tempo os recursos da medicina e da psicologia) têm se mostrado mais eficazes na maior parte dos casos.


Um tratamento que vem sendo bastante utilizado hoje em dia é aquele em que se utiliza ex-dependentes como terapeutas, pois claramente quem já passou pelo mesmo problema, sabe de quem o tem.

- Por que fazer um tratamento de drogas?

Dependendo do nível de dependência química, dificilmente o usuário conseguirá abandonar o vício sozinho. Isso de deve a diversos fatores, tanto psicológicos quanto sociais.
Num Tratamento drogas adequado, não só será focado os motivos que o levaram à se tornar um dependente, como os motivos pelos quais se deve parar de usar.

Hoje se sabe que muitos jovens começam a se drogar por motivos sociais (para se mantiver em um grupo de amigos, ou porque têm muitos problemas com a família) ou por razões de ordem psicológicas (depressão, transtorno de ansiedade e obsessivo-compulsivo, distúrbios de personalidade e, mais raramente, alguns tipos de psicoses). Há pouco tempo foi descoberto também que indivíduos que apresentam transtornos neurocognitivos, ou dificuldade de aprendizado, são mais propensas ao uso de substâncias.
Por isso um tratamento drogas é necessário. Pois na maioria dos casos, o uso de drogas é uma resposta a um problema anterior, e esse claramente, também deve ser tratado. Somente com a ajuda de profissionais capacitados, poderá se encontrar os pontos vitais de tratamento para cada dependente químico.

-É realmente necessária a internação?

Na grande maioria dos casos, a internação não é necessária. Usuários de drogas leves, com uma boa relação familiar e boas condições de vida, geralmente não precisam de internação. Dessa forma, além do acompanhamento dos profissionais, o dependente pode contar também com a ajuda e o apoio de familiares e amigos. Em outros casos, onde o usuário faz uso de drogas mais pesadas, e não haja um suporte familiar, é aconselhável a internação em uma clínica especializada para um tratamento drogas mais intensivo.

 


 

Conhecemos muitas pessoas que são quase perfeitas, mas que - de repente - acham que estão certas em alguma coisa e perdem a cabeça por causa disto.”


A linguagem dos mitos

Os mitos nos ritos africanos, não só explicam como procuram dar sentido as coisas realizadas.

São representados em forma de cãnticos, numa narrativa de acontecimentos primordiais que visam possibilitar a vida(manifestação da força das divindades  N'inkices - Orixás.

Estimulando suas danças com movimentos,gestos,simbolos que ressaltam esses acontecimentos.Aimitação dos gestos em uma dança com canticos(pontos cantados ou tocados) narrados de forma solene possibilitam essa comunhão divina.

 Mesmo simbólica a linguagem dos mitos possibilita esse acesso.

As culturas afro-brasileiras de um modo geral, demostram que a revelação dos mitos cria um envolvimento sagrado numa sucessão de cenas da vida em todas as suas manifestações.

São animais,plantas,astros e a natureza como um todo, assumindo significados que vão além de um simples ser.

É um drama vivido realmente, onde as divindades com seus gestos próprios são tão reais quanto a vida e os gestos humanos.

São elas os grandes personagens miticos que continuam a participar da vida humana como seres ativos e exemplares.

Essa forma de as divindades se apresentarem com virtudes e defeitos próprios dos seres humanos propiciam um forte relacionamento entre as pessoas e os Orixás - N'Inkices - Encantados.

Os problemas se tornam comuns entre ambos, a ponto de o Orixá incutir tendencias as pessoas que o têm como patrono, dono do seu ori.

O cantar e o dançar imitando os gestos divinos integram o ser ao mito e a recriação do mundo e de toda a realidade que ocorre nesta celebração.

A divndade, a natureza e o homem voltam a reencontrar-se.Há o objetivo do homem(filho de fé) tornar-se um ser melhor (ser de luz) sendo esse parte do processo.

 "A palavra é fundamental para dar forma as idéias" Assim todas as rezas ou canticos acompanham os ritos religiosos.

Se a palavra é fundamental os simbolos tambem possuem formas de expressão.

Lembren-se a linguagem dos mitos não cria divindades, mas sim revela seus desejos e vontades, o mito justifica o rito, dando garantia da validade dos gestos e dos atos que são realizados nos ritos afro-brasileiros.

 

A SE RE LÉ                             - Voce surge e torna-se realidade

O KÚ ÀBÓ ÒDE                         - Saudamos o seu retorno

MAPORY ILÉ OKUN LÉ              -  Ao Mapory que tem força de que você precisa 

 

Iniciaremos em breve uma viagem através das origens e fundamentos de nossos N'Inkices e Orixás, bem como das linhas de nossa Mãe  Umbanda. 

 

Mukuiú N'Zambi - pai Kaobi Xapanã Buruku


Axé Axelém meu irmão de fé Pai José Luis D'Oxaguiã e filhos

A nosso irmão de fé e guerreiro da Umbanda Pai José Luiz D'Oxaguiâ e aos seus filhos votos de respeito, admiração e reconhecimento pela luta constante e principalmente pela honestidade e verdade que aplica e ensina a todos os seus queridos filhos.

Que N'Zambi os conduza pelo caminho da fé e da razão serena..."Somos fiéis escudeiros..filhos de fé do terreiro..propagando a luz do amooooooor".

 Paizinho minhas sinceras orações serão sempre as suas meu irmão.

Pai Kaobi Xapanã Buruku -

 


Sexo e filhos de fé - Tabu? 

 

As discussões sobre a sexualidade e como ela pode afetar o médium são mais importantes do que se imagina. Mais que isso, o tema sexual não pode ficar afastado das considerações de todos os filhos de santo, e deve ser discutido sem preconceitos e sem medo.

 Para se falar em relação sexual e energia procriadora, faz-se necessário mencionar algumas das informações trazidas até nós pelo espírito André Luiz sobre as funções da epífise.

 Ela reativa as forças criadoras no ser humano, aproximadamente aos 14 anos. No período do desenvolvimento infantil, permanece em fase de reajustamento, absorvendo novos reflexos e ensinamentos que são ministrados nessa fase da vida, e que farão frente ou que vão se somar às colheitas das vidas passadas, que ressurgirão, de acordo com a vontade, sob fortes impulsos.

 Por esse motivo, a epífise é denominada a glândula da vida espiritual.

 Em nosso meio ainda existem vários resquícios de tabu no que diz respeito a conversações sobre o sexo. No entanto, fazendo parte da vida, o filho de fé estudioso não pode deixar de estudá-lo e analisá-lo de forma natural, para que seja bem compreendido e orientado. Os tempos em que essa manifestação de afeto e amor, no que diz respeito ao sexo verdadeiro, era “pecaminosa”, já passaram e seguramente não deverão mais voltar.

 O sexo não é patrimônio exclusivo da humanidade terrestre; é tesouro divino em todos os mundos no universo infinito. Para as criaturas humanas, que ainda estão distantes da compreensão e vivência das Leis Divinas, permanece num quadro triste de ignorância, perversão e desequilíbrio.

 Na existência humana, o sexo pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja sexo.

 O INSTINTO SEXUAL É PODEROSA FORÇA DE ATRAÇÃO, UNINDO OS CORPOS FÍSICOS, reencontrando as almas para resgates de débitos, dirigindo os homens para conquistas e objetivos da Lei Suprema: o amor, a felicidade e a harmonia.

 Mesmo com a pobreza de valores íntimos, o homem(ser) caminha, embora lentamente, em direção ao objetivo maior do Criador, que é o progresso e a perfeição.

Não podemos confundir sexo e amor, pois enquanto o sexo é força instintiva ou inconsciente, o amor é energia consciente e espontânea.

Todavia, sexo sem amor é pobre e pequeno.

 Em experiências afetivas, o homem costuma ver a energia instintiva sexual como sendo amor, e isso tem promovido quase todas as uniões dos seres na Terra. Constantemente, observamos muitos lares desabados porque só havia energia instintiva sexual e nenhum amor.

Na Terra (Ayê), o amor ainda é uma aspiração da eternidade, encravada no egoísmo, nos interesses, na ilusão, e na fome de prazeres que fantasiamos como sendo a Virtude Celeste.

 Desejo e sentimento de posse não significam amor.

  Para um bom relacionamento, faz-se necessário buscarmos entender que “Devemos amar sem nos preocupar em sermos amados”.

 Para alcançarmos o amor sublime devemos cultivar a semente da humildade, da bondade, da paciência, do perdão, da tolerância, da indulgência, da ternura, da delicadeza, da renúncia e do entendimento.

Sem os tesouros da fé sincera, essas plantas divinas não germinarão no canteiro do coração; vão sucumbir antes do tempo, alastrando a desarmonia, a delinquência e os crimes. Sem falar na ampliação dos débitos e no adiamento dos resgates anteriores para reencarnações futuras, quase sempre acrescidas de dores e sofrimentos, para o nosso bem.

 

 O filho de fé atento deve se preocupar com essas questões, e, acima de tudo, tratá-las com naturalidade pois, sendo o sexo um mecanismo de evolução, seu abuso poderá contribuir para a decadência moral.

 Ainda se questiona sobre o sexo e a prática mediúnica.

Poderá o médium praticá-la em dias de atividades ou não? E possível conciliar as duas coisas?

Conseguirei realizar um trabalho incorporativo mediúnico se praticar sexo no dia da atividade?

E como ficam aquelas pessoas que trabalham em práticas mediúnicas todos os dias na casa filho de fé e que também são casadas?

  Todas essas questões devem ser tratadas com simplicidade e autenticidade. A nosso ver, sendo o sexo algo natural em nossa escala evolutiva, o médium poderá praticá-lo sem problemas – o sexo com amor – com o seu ou a sua parceira, sem que isso prejudique a prática mediúnica.

Conforme sabemos, o sexo é uma troca de energias entre seres que o praticam com respeito e amor. Assim, como poderá fazer mal a algum médium?

 Mas se fala muito da fadiga energética do médium quando pratica sexo.

 A lógica nos mostra que, quando existe troca de energias, não existe fadiga. Falamos aqui da troca calorosa e sincera de energias; não falamos de sexo desvairado com parceiros estranhos, a cada momento. No entanto, mesmo que seja só com uma parceira ou parceiro, se a prática for constante e desvairada, haverá, sim, fadiga. Compreendemos que tudo o que extrapola o natural e passa a ser exagerado, tem muito a prejudicar.

 Cabe ainda uma pergunta. Se o filho de fé está com muita vontade de ter relações afeto-sexuais e não pratica, mas fica com isso na cabeça o tempo todo, não atrapalharia ainda mais a prática de sua tarefa?

 Penso que sim, pois o pior de tudo é manter o desejo sexual na cabeça; pois a tarefa mediúnica exige concentração do filho de fé.

 Observamos na atualidade a inversão dos valores sublimes da criação divina, transformados em rolo compressor para os interesses da indústria do sexo desvairado. Atualmente, é o item mais divulgado e procurado, com o objetivo de despertar a sensualidade tanto no homem como na mulher, não se importando com os danos que isso certamente vai causar.

 O que interessa são os lucros arrecadados e não o cultivo dos valores morais sublimes, que ainda não conseguimos enxergar. A relação sexual entre a maioria dos homens e mulheres terrestres se aproxima demasiadamente das manifestações dessa natureza entre os irracionais, sem qualquer obediência às Leis Divinas.

  Neste plano de baixas vibrações onde predomina ainda a semi-brutalidade, muitas inteligências admiráveis preferem se demorar em baixas correntes evolutivas. A união sexual entre criaturas que já atingiram grandes elevações é muito diferente.

Se traduz em uma troca sublime de energias perispirituais, simbolizando o alimento divino para a inteligência e para o coração; é força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para sua existência infinita.

A procriação é um serviço que pode ser realizado por aquele que ama, sem ser o objetivo exclusivo das uniões.

 Todo ato criador está repleto de sagrados valores da divindade, e são esses valores tão abençoados que, por interesse de mentes doentes, conduzem impreterivelmente ao abuso e a banalização do prazer real.

Assim, homens e mulheres, raciocinando numa atmosfera mental caótica, permitem aos obsessores do invisível colocar em prática seus interesses na desintegração familiar e social, bem como em retardar o progresso espiritual, mantendo a grande maioria das criaturas que se afinam com seus ideais sob controle. Com isso, preservam os meios para saciar seus desejos, que não foram corrigidos enquanto encarnados.

 O filho de fé deverá ter bastante cautela com esse assunto, para poder verdadeiramente colaborar ainda mais com sua conduta mediúnica.

O sexo não é um bicho-de-sete-cabeças que deva ser tratado pelo médium como um assunto intocável, mas sim, como um assunto do cotidiano, tratado com respeito.

 A humanidade vem fazendo do sexo um motivo de escânda-lo, tornando-o uma coisa impura e repelente. Mas o sexo é uma manifestação do poder criador, das forças produtivas da natureza. O filho de fé não pode encarar a questão sexual como assunto proibido. O sexo é a própria dialética da criação e existe em todos os reinos da natureza.

 

Os povos primitivos revelam grande respeito e assumem atitude religiosa diante do sexo. Mas para esses povos, ainda bem próximos da natureza, o sexo não está sujeito aos desregramentos, aos abusos e ao aviltamento que se vê no mundo civilizado.

O Cristianismo condenou o sexo e fez dele a fonte de toda a perdição, mas a Umbanda reconsidera a questão, colocando um meio-termo entre os exageros pagãos e cristãos. O filho de fé precisa saber  que o sexo é um grande campo de experiências para o espírito em evolução e que é através dele que a lei de reencarnação se processa na vida terrena. Portanto, como considerá-lo impuro e repelente?

 Em O Livro dos Espíritos, Kardec comenta: “Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres especiais e novas ocasiões de adquirir experiências”. Como vemos, o sexo é considerado pelo Espiritismo no seu justo lugar, como um meio de evolução espiritual. Por isso mesmo o filho de fé não pode continuar a encarar o sexo como o faz o comum dos homens. Não pode abusar do sexo, nem desprezá-lo. Deve antes considerar o seu valor e a sua importância no processo da evolução.

 Em quase todos os segmentos, sejam religiosos ou sociais ainda existe muita prevenção contra os assuntos sexuais. Mas é necessário que essa prevenção seja afastada através de uma compreensão mais precisa do problema. Não há motivo para se fazer do sexo um assunto tabu, mas também não se deve exagerar nesse terreno, pois muitos se escandalizariam. Devemos nos lembrar de que, por milhares de anos, ao longo de sucessivas gerações, o sexo foi considerado, na civilização cristã em que nascemos e vivemos, um campo de depravação, de perdição das criaturas. A simples palavra sexo provoca em muita gente uma situação de ambivalência: interesse oculto e repulsa instintiva. Por isso mesmo a educação sexual deve ser encarada seriamente e não pode ser deixada à margem da pedagogia dos filhos de fé.

 

O jovem filho de fé, embora esclarecido pela doutrina, não está menos sujeito a desequilíbrios sexuais. Sabemos que esses desequilíbrios têm duas fontes principais: os abusos e vícios do passado, em encarnações desregradas; e as influências de entidades perigosas, muitas vezes ligadas aos jovens pelo passado delituoso. Por isso mesmo, o problema só pode ser tratado de maneira elevada, com grande senso de responsabilidade.

 Quanto aos filhos de fé adultos, não estão menos livres do que os jovens. São vítimas de uma educação defeituosa, de um ambiente moral dominado pela hipocrisia em matéria sexual, e trazem as heranças do passado, às vezes agravadas por esse ambiente. No meio Umbandista, precisam se acostumar a encarar a questão sexual de maneira séria, evitando as atitudes negativas que dão entrada às influências perigosas.

  Encarando o sexo sem malícia, como uma função natural e uma necessidade vital, ao mesmo tempo o filho de fé se corrige e modifica o ambiente em que vive, afastando do mesmo os espíritos viciosos e maliciosos(Kiumbas), que não mais encontram pasto para os seus abusos. O melhor meio de afugentar esses espíritos e de encaminhá-los também a uma reforma íntima, é a criação de uma atitude pessoal de respeito pelos problemas sexuais e o cultivo de um ambiente de compreensão elevada em todos os lugares que estiver, assumindo o respeito as diversidades equilibradas e de bom senso,.

  Essa mesma atitude deve ser levada para os ambientes de trabalho.

 Sua atitude deve ser de completa naturalidade, de quem conhece o problema e não se espanta com as conversas de mau gosto, mas também de quem não acha motivos para alimentar essas conversas e delas participar. Sempre que possível, e com senso de oportunidade, ele deve procurar mudar os rumos da conversa para assuntos mais aproveitáveis ou mesmo para os aspectos sérios da questão sexual (...)

Nosso destino está vinculado à maneira pela qual encaramos o sexo. Bastaria isso para nos mostrar a importância do problema. É inútil querermos fugir a ele. O necessário é modificarmos profundamente as velhas e viciosas atitudes que trazemos do passado e que encontramos de novo na sociedade terrena, ainda pesadamente esmagada por suas próprias imperfeições.

  Encaremos o sexo como uma manifestação do poder criador de N’Zambi (Olorum), tratando-o com o devido respeito, e assim mudaremos a nós mesmos, aos outros e à sociedade em que vivemos. O filho de fé deve ser o elemento sempre apto a promover essa mudança e nunca um acomodado às situações viciosas que dominam as criaturas e as escravizam.

  Enfim, o problema sexual deve ser encarado pelo filho de fé com naturalidade. O sexo deve ser considerado como fonte de força, vida e equilíbrio, devendo por isso mesmo ser respeitado e não subestimado.

  Lembramos ainda que a mente é como um cavalo selvagem, por vezes, segue desenfreado galope afora. Outras vezes, é o maior motivo de “estagnação e retroação” de nossa trajetória em busca do entendimento.

  Em nossas casas, tratemos cada caso com estudo, para podermos orientar melhor e não desferir ideias preconcebidas e, por vezes, descabidas, frequentemente confessando um puritanismo inútil de nossa parte. Tratemos o tema com lucidez, para podermos colaborar melhor, destruindo assim o medo e o tabu que existe a respeito do sexo em nosso meio.

Babalaô Kaobi sobre fonte de Aluney Elferr

 


     " Nossa religião é simples, bela e  forte, tal qual nossos encantados"    Barca Mapory - Praia Grande - 2010


Quando é por amor......somos um só!  Mukuiú N´zambi lindas yaôs 


 "Mantenha-se equilibrado. Seu Mental, seu Espiritual, seu Emocional, e seu Físico, todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis. Trabalhe o seu Físico para fortalecer o seu Mental. Enriqueça o seu Espiritual para curar o seu Emocional."


Babalaô Ronaldo Linares e Babalaô Kaobi Xapanã Buruku 


 

 


 

 

 Saida de Ossain, Oxumarê, Ogum, Abaluaiê

                  

Familia Unida é familia forte!

Axé Axelém Ogã Pitico e seus filhos 


Ponto Original de Abertura de nosso Mapory em louvor a nossa amada Nanã Buruquê

Hoje é dia de festa

no terreiro de Nanã

Saravá dona do tempo

ela vem nos coroar...

 

embala eu Nanã ..embala eu

embala eu Mamãe....embala eu

 

Veste sua guia de santo

toma sete banhos

se põe a girar

 Bate cabeça meu filho

que velha senhora 

vem nos assentar

 

embala eu Nanã ..embala eu

embala eu Mamãe....embala eu

 

Cruza o caminho do rio

firma a cabeça 

não pode parar

tenha certeza Yaô

mãe da vida e da morte

vem nos coroar


 


  Mukuiú N´Zambi a todos filhos de fé!

Falar sobre a Umbanda sempre foi uma tarefa muito complexa, pois a grandeza desta que é uma religião brasileira está em sua diversidade de rituais que muito tem a ver com nossa  ´Terra Brasilis.

 A  proposta deste site é nos comunicar-mos com o maior numero de pessoas possível,sabendo respeitar as diferenças, mas sem perdermos nossa proposta e identidade própria.

A Umbanda enquanto Doutrina não possui um codificador. Ela é uma doutrina com base espírita sim, apesar de não fazer parte da doutrina Kardequiana.

Mas até mesmo os fundamentos do Espiritismo transcendem a codificação de Kardec.

Tanto uma quanto a outra se fundamenta em princípios universais, que podem ser encontrados em diversas religiões, nas mais diferentes épocas e culturas da humanidade.

Budistas,Judaicos,Indígenas,Islâmicos,Africanos...

 Claro que cada doutrina religiosa possui seus conceitos próprios, exclusivos, esotéricos...mas tudo isso faz parte da busca pelo CONHECIMENTO UNO  da verdade, cujas diversas religiões,artes,filosofias e ciências refletem de forma fragmentada. 

Conhecer o todo é importante, mas conhecer a doutrina com que mais no identificamos é fundamental.

 Apesar das adaptações religiosas e culturais, o que é natural, a Umbanda é mais do que simplesmente , popular ou esotérica;é mais do que Cristã ou Hindu; é mais que Kardecista ou Africanista.

É a experiência de cada um diante da realidade da VIDA.

 

Nosso mestre supremo                                    A verdade

Nossa força                                                    A caridade

Nosso templo                                                 A vida

Nossos codificadores                                      A razão e a intuição. O bom-senso

Nossa conquista                                              A evolução

Nossa meta                                                     A paz universal e interior

 

Nós do Templo de Umbanda Ilê Mapory Axé Buruku “Casa de Mestre Xamacuã” não temos a intenção de impor conceitos desta ou daquela escola umbandista, apenas apresentaremos aqui nossos conceitos e é claro com muito respeito a tradição respeitando todas as diversidades de opinião.

 

Babalaô Kaobi Xapanã Buruku

Sacerdote da Umbanda


Mamãe Oxum

 


Junior D'Oxalá, você é para nós um grande presente, nosso Mapory se enche de axé com sua presença em nossas giras.

Mukuiú N'Zambi"


 Congá ou Altar.

O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.

É ATRATOR porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.

É CONDENSADOR, na medida em q tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes.

É ESCOADOR, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas negativas e as descarrega para a Mãe-Terra.

É EXPANSOR, pois condensa as ondas de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes.

É TRANSFORMADOR no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.

É ALIMENTADOR, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá.

O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados.

Congá dentro dos Templos Umbandistas tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão dos mentores de Aruanda.


 Encontros e reencontros... 

E s p e c t r o  de  Luz                  Clarice  L i s p e c t o r

 

Os poemas e textos nos foram enviados através de nossa admirada Clarice Lispector ou como ela apresentou-se pela primeira veza a nós do Mapory Clarice Luzpector, em reuniões onde nos preparavamos para receber as psicografias enviadas pelos nossos irmãozinhos que ja romperam a barreira da esfera terrena.

Foi um momento de grande euforia e alegria pois sao palavras certeiras e com a força de uma grande escritora-mulher-guerreira.

E sempre que possivel estaremos publicando novas"correspondências"  em nosso site.

As ilustrações são reproduções de obras  do Grande Mestre Salvador Dali. 

Axé Nossa amada Clarice Luzpector........ou Lispector como queiram! 

Ode de Amor

Sublime é a luz do seu coração

Que incendeia meu ventre carregado de futuro.

Silenciosa é a canção que ecoa pelos vales agigantados do meu espírito

Que ainda espera e se encarrega de acender a chama da fogueira

Noturna que nos separa das eras em comum.

 

Clarice Lispector

São Paulo

2008

 

  

La mour

Je taime mon amour.

Por este escuro em nosso horizonte buscamos a luz de nosso olhar marejados e silenciosos

E o que fazer frente a torpe e exaustiva vida terrena?

O que buscamos calcitados pelo sol do plano das ilusões?

O que vamos encontrar em nós após tantas procuras?

Nada, somente o silêncio que teima em reinar

O silêncio de nossas línguas

O silêncio dos beijos não dados, não entrelaçados pelos lábios vermelhos e molhados da amargura de quem não conheceu o que seja

La mour

 

Clarice Lispector

20/08/2008

 

    Por sobre as asas da vida

Há sempre a esperança alçando alturas.

O sôfrego beijo apagado foi

Pelo silêncio e pecado de nós dois

Não teimaria em vê-la se não houvera saudade apesar da distância quimera

Sentirei sempre em seu peito a bondade

Que nos unirá infinita por todos os tempos sem fim

E quando acordarmos do sono, seremos dois, enfim.

 

Clarice Lispector

20/08/2008

 

 Incertezas

As incertezas da vida compõem o pulsar das coisas que fazem em nós.

O que fazer?

Será ainda preciso ouvir o canto do galo na fria manhã de dezembro?

Ainda encontramos forças entre os lagartos azuis que dormem sobre as pedras aquecidas ao sol do verão?

Da vida?

Da morte?

Peço silêncio em nós.

Peço devoção ao passado das coisas que fomos um dia.

Peço paz pela criança poupada pelo tempo abrasador da força da velhice.

Pedir e calar minha voz.

Pedir e clamar a todos os seres que ainda habitam em nós um pouco de tempo

Um bocado de chances

Um punhado de pó reluzente na mente cantante no horizonte de meus olhos encharcados de pena e compaixão

Seremos ainda o pó do brilho restante de todas as manhãs mortas na consciência dos homens.

Clarice Lispector

01/09/2008

 

 

Por trinta vezes clamei a dor

Por trezentas vezes chorei o amor

Por mil vezes amaldiçoei a vida

E hoje por uma vez apenas...

Respiro...

Paz.

Clarice Lispector

03/09/2008

 

 

 

A dor que sinto não é a dor que minto.

A dor que foge de mim pela areia do tempo

Percorrerá as eras em voto de silêncio.

E na calada sombria dos icebergs meu navio ancora

Na saudade do que não fui

Ainda.

Clarice Lispector 

São Paulo

15/09/2008


  

Existem muitas coisas no mundo que são belas; coisas que nos entusiasmam e nos engrandecem.

Mas não vão durar. Todo o reino deste mundo, o deslumbramento de visão, os prazeres da carne, o orgulho, tudo existe apenas por um breve momento.

Dê a cada coisa apenas o seu devido valor.

Permitam pelo menos que o grande objetivo de suas vidas seja o de conseguir forças suficientes para defender esta idéia, e construir uma existência usando o Amor como principal referência. Como fez Cristo, que construiu toda a sua obra em cima do Amor.

Nenhum ser atinge o entendimento enquanto dorme; é necessário rezar, meditar, praticar.

Da mesma maneira, qualquer melhora, em qualquer sentido, requer preparação e cuidados.

Exijam de si mesmos: viver uma vida plena e correta. Se vocês olharem para trás, perceberão que os melhores e mais importantes momentos da vida foram aqueles onde estava presente o espírito do Amor.

Quando olhamos nosso passado – e não nos detemos nos prazeres transitórios da vida -, notamos que os momentos marcantes de nossa existência são aqueles em que vivíamos o amor; ou que, escondidos, fizemos algo de bom para alguém. Coisas às vezes tolas demais para serem contadas, mas que, por frações de segundo, nos fizeram sentir como se estivéssemos mergulhados na Eternidade.

Eu já vi quase todas as belas coisas que Deus criou. Já gozei quase todos os prazeres que um homem pode gozar. Mesmo assim, ao olhar meu passado, sobram apenas quatro ou cinco momentos - geralmente muito curtos - em que pude fazer uma pobre imitação do Amor de Deus.

São estes momentos que justificam minha vida. Todo o resto é passageiro. Qualquer outro bem ou virtude é apenas uma ilusão. Estes pequenos atos de Amor que ninguém reparou, que ninguém conhece, justificam minha vida.

Porque o amor permanece.

 

Não deixe que seu amor se prenda às coisas do mundo. Nada que o mundo contém vale a dedicação e o tempo de uma alma imortal. A alma imortal deve entregar-se a algo que é imortal.

E as únicas coisas imortais são “a fé, a esperança e o amor”.

Alguns podem dizer, inclusive, que duas destas coisas também passam: a fé, quando sentimos e vivemos a presença de Deus, e a esperança, quando é satisfeita e preenchida.

Mas, com toda certeza, o Amor continuará presente.

 

“No final de nossa jornada, não será levado em conta o que fizemos, em que acreditamos que conseguimos.”

E a grande pergunta do ser humano não será: “Como eu vivi?”

Será, isto sim: “Como amei?”

 


 

Quem não pode com mandinga não carrega patuá!

Salve nosso congá!


Filhos de fé da Umbanda propagando a luz do amor!

Para se praticar o amor, é necessário que entendamos que não somos perfeitos e que perfeição não é corresponder as espectativas dos outros, perfeição é apenas conhecer se a si mesmo em sua real imagem, sem máscaras coladas a face, obstruindo seu semblante único e natural.

Um templo religioso, será sempre uma casa de transição, penso que seja como for sua passagem pelo nosso Mapory bem como por qualquer outro lugar, faça da passagem um registro positivo de sua presença, única e excencial.

Sempre estamos no lugar certo que deveríamos estar sempre.


Aos filhos e simpatizantes!

Minhas mais sinceras saudações.

Axé Axelém, Mukuiú N’Zambi!

Babalaô Kaobi Xapanã Buruku

 

Sabemos que a Umbanda, embora possuidora de um padrão ritualístico próprio e distanciado de qualquer outro, formou-se devido à junção de pelo menos quatro religiões: os diferentes cultos africanos trazidos pelos escravos negros provenientes do continente Africano; o Catolicismo, base religiosa  de todo processo colonizatório brasileiro; as manifestações religiosas dos diferentes povos indígenas do próprio território brasileiro e, mais recentemente, ao instituir-se, no século XX, o espiritismo de Allan Kardec, principalmente

Mesmo delimitando essas quatro raízes, há outras ainda bastante difusas, e mesmo para estas, atribuem-se diferentes nomes e parâmetros: podemos encontrar influências indígenas na dita Umbanda de Caboclo; já as africanas ficam mais evidentes no chamado Umbandomblé e na Umbanda Traçada, além de outras recentes, frutos de junções com o esoterismo, religiões pagãs de origem europeia e outras vertentes de cunho esotérico, que acabaram conhecidas como Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática, entre outras.

Também existem a Umbanda de Tradição ou Umbanda Popular, em que encontraremos um toque da cada veio ancestral.

Por isso é que não existe uma única história que conte, de maneira uniforme, a história de todos os caminhos e manifestações da Umbanda. Cada vertente tem as suas origens e história, entretanto, por uma necessidade em determinado momento, desde a década de 1970, aceitou-se que *Zélio Fernandino de Moraes teria sido o anunciador da Umbanda por meio do Caboclo das Sete Encruzilhadas, em 1908, criando moldes e parâmetros, firmando fundamentos, bases e dogmas que possibilitaram sua institucionalização enquanto religião.

Mas esse marco não é, de forma alguma, o inicio dos trabalhos dos guias, tais como pretos velhos, caboclos, crianças, exus, entre outros, que já se manifestavam anteriormente, mas sem qualquer vínculo a uma instituição religiosa concreta, respeitando apenas os valores da mística ancestral. Nós da aldeia “Ilê Mapory Axé Buruku” procuramos seguir uma linha histórica e ancestral, não por darmos preferencia a qualquer vertente, mas por identificação e afinidade a nosso mestre mentor maior Pai Hamadhés do Nilo, pois para que haja um terreiro é preciso sempre ter guias(ancestrais) na sustentação da casa.

Sem guias a Umbanda é muda.  

·         Consideramos pai Zélio Fernandino de Moraes a pessoa que estabeleceu o marco zero da história da Umbanda.

·         A partir deste marco alguns historiadores – provenientes ou não da religião- afirmam que a Umbanda nasceu com suas raízes no Catimbó, no Candomblé (quer os tradicionais, como os terreiros Nagôs e de Angola; formação já genuinamente brasileira quer como os candomblés de Caboclo), influências estas trazidas tanto pelos próprios médiuns quanto pelos espíritos (eguns ancestrais) que se manifestavam nos trabalhos (forma de identificar o culto, o toque) até então rejeitados pela Federação Espirita Kardecista por causa de seu “atraso” espiritual.  (continua)               


 Existem sim muitas semelhanças, não vou me ater às semelhanças e diferenças ritualísticas, mas em se tratando de estrutura da religião e visão de mundo que ambos os cultos possuem são sim muito parecidos.

Podemos afirmar que ambas são religiões Xamanicas e como tal trazem muitas semelhanças... Você entendendo o que é Xamanismo você também entendera melhor o que é o Candomblé e as demais religiões indígenas:

O Xamanismo é uma prática ancestral, tão remota quanto à consciência do Homem. Embora muitos pensem que o xamã é uma figura indígena, e os índios tenham realmente preservado esta tradição, ela remonta ao período em que os homens viviam nas cavernas, na Era Paleolítica.

A cultura xamânica abrange a práxis medicinal, mágica, religiosa e filosófica. Seu exercício engloba atos de cura, estados de transe, transformações.

O ritual xamânico pressupõe a presença de um sacerdote, conhecido como xamã. Ele normalmente se apresenta com o estado de consciência alterado, em êxtase, expressando assim poderes que normalmente não detém, comunicando-se com espíritos, plantas, entre outros seres, por meio de instrumentos próprios destes ritos, do seu corpo ou do organismo dos que assistem à cerimônia ou lá se encontram para serem tratados.

Tambores soam, pessoas dançam, ervas consideradas sagradas são consumidas ritualmente, para que assim seja possível alcançar uma condição transmutada do consciente.

No contexto indígena brasileiro, o pajé (ou Sacerdote,Pai,Zelador, Babalaô, Babalorixá) corresponde à imagem do xamã. Proveniente do tupi, esta palavra substituiu no nosso idioma a expressão ‘xamã’. Mas as práticas são as mesmas, com algumas variações culturais.

Este sacerdote conhece profundamente a essência humana, seja no seu aspecto orgânico, quanto no psíquico. No Brasil, esta tradição é conhecida como pajelança, e é comum o uso de instrumentos musicais característicos de nosso país, como maracás, zunidores, entre outros. O Pajé, por sua vez, normalmente fuma cachimbos de grande porte. O essencial, porém – as técnicas de cura e as comunicações espirituais -, está sempre presente nestes rituais.

 


 Colofé N'Ló

 

Primeiramente quero agradecer nosso pai Oxalá por me ter abençoado neste caminho que escolhi, mesmo que seja solitário (e como a é) penso que seja a escolha mais importante de minha existencia neste  ayê.

Tambem agradecer a Sr Ogum , absoluto dos caminhos pelo axé que nos tem derramado na trajetória de nosso Mapory.

A nossa mãe Nanã Buruque por estar sempre alafiando nossos trabalhos.

E saúdo todos os Orixás pelo axé, pelo  abá, e pelo  iwá derramado em nosso caminho.

E em especial todos os filhos da casa que se empenharam nesta festa linda do seu Sete Chaves, bará de nosso terreiro.

Laroê Exu!

 

Axé Axelém a todos, por terem trabalhado e oferecido o seu melhor, e penso que assim o foi  pela vontade de nossos encantados.

Me senti muito orgulhoso em todos os momentos, de todos os filhos do Mapory, por vezes meu coração se perdia na saudade daqueles que por aqui passaram e que por sua vontade unica e exclusivamente partiram, alguns deixando rastros mais profundos e impressões que levarei junto comigo, quando de meu retorno ao Orun.

 Confesso a todos que trago comigo as marcas impressas de cada um, de cada ser, que ja passou pelo nosso terreiro, reconheço que não sou perfeito, e nunca tive a pretençao de o ser, pelo menos nesta vida, por isso hoje me sinto mais preparado que ontem e amanhã com certeza estarei melhor ainda pois este é meu único e exclusivo objetivo, atingir meu entendimento em relação a vida e me tornar parte do todo (Obatalá).

 Este caminho, o caminho dos guias e dos Orixás, foi o que escolhi, e não significa que seja o único, mas para mim é o definitivo.

E posso testemunhar a todos que quando nos encontramos em nosso caminho original, nos sentimos realizados, plenos, o mêdo bate asas e assustado parte para longe de nós.

 Há muito a dizer, mas como aprendi com meus mestres, a muito mais a fazer e a sentir.

 Penso que com a lida tudo se apura, se lapida, e estamos todos nós nos lapidando e apurando.

 Que a indizível luz de Oxalá Supremo nos cubra.

 

     Minhas sinceras orações!

 

 Peço que façam uma reflexão sobre o texto abaixo.

Axé axelém.

  

Por que será que nos lamentamos tanto quando nos decepcionamos, perdemos e erramos?

O mundo não acaba quando nos enganamos; ele muda, talvez, de direção. Mas precisamos tirar partido dos nossos erros.

Por que tudo teria que ser correto, coerente, sem falhas? As quedas fazem parte da vida e do nosso aprendizado dela. Que dói, dói. Ah! Isso não posso negar! Dói no orgulho, principalmente.

E quanto mais gente envolvida, mais nosso orgulho dói. Portanto, o humilhante não é cair, mas permanecer no chão enquanto a vida continua seu curso.

O problema é que julgamos o mundo segundo nossa própria maneira de olhar e nos esquecemos que existem milhões e milhões de olhares diferentes do nosso.

Mas não está obrigatoriamente errado quem pensa diferente da gente só porque pensa diferente. E nem obrigatoriamente certo. Todo mundo é livre de ver e tirar suas próprias conclusões sobre a vida e sobre o mundo. às vezes acertamos, outras erramos.

E somos normais assim.

Então, numa discussão, numa briga, pare um segundo e pense: "E se eu estiver errado?"

É uma possibilidade na qual raramente queremos pensar. Nosso "eu" nos cega muitas vezes. Nosso ciúme, nosso orgulho e até, por que não, nosso amor.

Não vemos o lado do outro e nem queremos ver. E somos assim, muitas vezes injustos tanto com o outro quanto com a gente mesmo, já que nos recusamos a oportunidade de aprender alguma coisa com alguém.

 E é por que tanta gente se mantém nessa posição que existem desavenças, guerras, separações. Ninguém cede e as pessoas acabam ficando sozinhas.

E de que adianta ter sempre razão, saber de tudo, se no fim o que nos resta é a solidão?

Vida é partilha. E não há partilha sem humildade, sem generosidade, sem amor no coração.

 Na escola, só aprendemos porque somos conscientes de que estamos lá porque não sabemos ainda; na vida é exatamente a mesma coisa. Se nos fecharmos, se fecharmos nossa alma e nosso coração, nada vai entrar. E será que conseguiremos nos bastar a nós mesmos?

Eu duvido.

 Não andamos em cordas bambas o tempo todo, mas às vezes é o único meio de atravessar. Somos bem mais resistentes do que julgamos; a própria vida nos ensina a sobreviver,

viver sobre tudo e sobretudo.

Nunca duvide do seu poder de sobrevivência! Se você duvida, cai. Aprenda com o apóstolo Pedro que, enquanto acreditou, andou sobre o mar, mas começou a afundar quando sentiu medo.

 Então, afundar ou andar sobre as águas? Depende de nós, depende de cada um em particular. Podemos nos unir em força no terreiro ou em nossas casas para ajudar alguém, mas só esse alguém pode decidir a ter fé, força e coragem para continuar essa maravilhosa jornada da vida.

 O que separa corações não é a distância, é a indiferença.

 Há pessoas juntas estando separadas por milhares de quilômetros e outras separadas vivendo lado-a-lado.

                                                    

Muitas vezes nos importamos com o que acontece no mundo, nos sensibilizamos e pensamos até em fazer alguma coisa, mas nos esquecemos do que se passa ao nosso lado, no nosso terreiro, na nossa casa, na nossa família.

 Colocamos, sem querer, barreiras entre os corações que nos cercam.                                                              

A indiferença mata lentamente, anula qualquer sentimento; e assim criamos distâncias quando estamos tão próximos.

As pessoas se habituam tanto àquelas que convivem com elas que elas passam a não notá-las mais, a não dar mais importância.

 

Mas, se quisermos transformar o mundo, comecemos por transformar a nós mesmos.

Se quisermos entrar em combates para melhorar algo para o futuro, que esse combate comece dentro do nosso próprio terreiro.

Precisamos olhar os que estão ao nosso lado sempre com olhos novos.

Comunicar mais, destruir mais barreiras e construir mais pontes.

Precisamos nos dar de coração a coração.

A melhor maneira de acabar com a indiferença de uma pessoa em relação a nós é amá-la.

O amor transforma tudo.

                                                           Não permita que pessoas ao seu lado morram de solidão!

Não permita que elas sintam-se melhor fora do terreiro que dentro dele!

Dê atenção, dê do seu próprio tempo!

Comunique-se!

 Há quanto tempo você não diz para a pessoa que vive ao seu lado que gosta dela?

A gente não recupera tempo perdido.  Mas podemos decidir não perder mais.

Vamos amar os corações que nos cercam e tentar alcançar novamente aqueles que se distanciaram.                                                          

Há sempre tempo para se amar.E se não houvesse, o próprio amor seria capaz de inventar.

 Minhas orações!